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Após uma semana, Muelbo vivendo na estalagem e gastando uma fortuna para comer e dormir, eis que Kunji retorna. O centauro não era mais o mesmo. Ele estava ... diferente. De cara, Muelbo notou o cabelo de Kunji. Ele não era mais escorrido para trás. O centauro carregava na cabela várias pequenas trancinhas, em um penteado rastafari. Outra mudança no centauro foi a adição de um brinco de pena de pássaro na orelha direita. A pena pendia livre e solta, fincada no lobo da orelha de Kunji. E a última mudança visível foi que Kunji parecia mais ... sereno. Tranquilo e calmo não seriam palavras apropriadas. Kunji seria perfeitamente capaz de lutar, mas a impressão que ele causava é que ele lutaria sem se cansar ... sem alterar seu estado de espírito.

Ao avistar Muelbo, Kunji abre um sorriso modesto e acena com a cabeça.

- Muelbo ... que bom lhe rever.

Muelbo nota todas as diferenças de Kunji e as aprova , ele sorri para o centauro e o comprimento com alegria:

-É muito bom lhe ver meu velho amigo. - Diz Muelbo se aproximando do centauro e lhe dando um tapinha nas costas.

-Muita coisa aconteceu.. pode acreditar, mas , me conte mais sobre como foi lá no...pátio..., é pátio mesmo ?! , algo de novo ?

O Tempo que Muelbo ficou sem seus poucos amigos ele viu que eles eram muito importante para o seu dia-a-dia, Muelbo então resolve mudar e dá mais valor a eles.

Kunji lhe sorri e olha para o horizonte, com os olhos um pouco mais levantados para o céu.

- O Pátio de Allihanna é um lugar muito abençoado. Se eu te contar, você não vai acreditar. Mesmo que eu diga tudo o que aconteceu, você não vai ter sentido a magia correndo em suas veias.

Os olhos de Kunji chegavam a brilhar com as lembranças do lugar. Parecia que uma parte do Pátio de Allihanna estava ainda com Kunji, dentro de seu coração.

- Sabe Muelbo ... estou pensando até em virar Druida. Preciso estudar, achar alguém que me ensine ... ou então meditar muito e esperar que a Deusa Allihanna venha falar comigo. Mas eu gostaria mesmo de virar druida.

Kunji então volta a olhar para Muelbo, bem dentro de seus olhos. Ele agora estava interessado nas histórias do meio-elfo. Assim, ele sorriu e disse.

- Mas me diga, meu amigo: como foi em Calacala? Alcançou o que queria?

-Não exatamente..., não lembro de muita coisa...

Muelbo olha para Kunji intrigado e lhe diz:

-Bom Kunji , se é virar druida que você quer , tudo bem eu lhe apoio , mas acho que assim , você vai ter que me abandonar, e abandonar meus sonhos de guerreiros... não é ?

Muelbo estava cada vez mais distante de conseguir alcançar seus devaneios de comandante, e Kunji era o único passo que ele tinha, Trunks até que era uma peça para lhe ajudar , mas não como Kunji.

A expressão no rosto de Kunji mudou um pouco. De fato, Muelbo tinha razão. Seguir seus sonhos implicaria numa separação.

- Talvez você tenha razão ... ou talvez a gente possa conciliar os dois mundos.

Kunji tinha esperanças em uma solução. Só não sabia qual era agora.

- Bom, vamos para o QG de Minus. Deixemos as soluções para mais tarde, quando de fato tivermos problemas.

(( Eu esquecir de mencionar no post anterior, Muelbo perdeu 1 PE para cobrir os gastos que teve com alimentação e hospedagem ... e estou considerando a pior hospedagem possível XD ))

Muelbo e Kunji foram para andando para o QG de Minus conversando , Muelbo tentava convencer que Kunji poderia lutar mesmo sendo um druid:

-Um exercito não precisa ser composto apenas por guerreiros e arqueiros , pode ser compostos por , ladrões , pistoleiros, lutadores, magos e até mesmo os druids , só tem que haver a vontade de lutar.

((O exercito Inkyr voltou ?))

(( Não ... e a palavra é Druida, com A no final ^_^ ))

Kunji concordava com Muelbo, mas ele insistia em outro ponto: o treinamento é que os separaria. Afinal, não se vira druida da noite para o dia.

Ao chegar na porta do QG dos Inkyr, Kunji estranha a porta fechada.

- Ué ... Muelbo, o que aconteceu por aqui? Onde estão todos?

-Vejo que ainda eles não voltaram da ultima missão, hum, preocupante...

Muelbo explica para o centauro , tudo que aconteceu quando ele esteve fora e porque o exercito saiu sem ele.

-Então, é isso... já estão fora em duas semanas , será que morreram ? o problema é que Trunks estava junto.

Kunji reflete um pouco e pondera.

- Na verdade, estão fora de uma a duas semanas. Pode ser que eles tenham saído pouco antes de você chegar.

De fato, Kunji tinha razão.

- E o que vamos fazer enquanto esperamos? Você tem alguma coisa em mente? Pretende pegar alguma aventura por conta própria?

-Não sei... Trunks pode não está bem , acho que devemos ir atrás dele o que você acha ?

Muelbo começou a se preocupar com os Inkyr, e ele começou a se arrepender de não ter ido com Kyrie atrás de seus companheiros...

-Bom , não sei por onde começar a ir atrás deles... eu estou um bom tempo parado , estou sentindo falta de uma aventura!

- Ué ... mas não foi você mesmo que me disse agora pouco que dois homens não vão fazer diferença em um exército? Então ... os Inkyr devem sobreviver sem a gente.

Kunji sorriu e deu um tapinha nas costas de Muelbo.

- Relaxa ... lembre-se que estamos falando de Minus.

-Nos meus dias de aventura , eu vi um exercito que parecia ser de Calacala patrulhar as rotas até Foz , eles eram bem organizados compostos por um número muito grande de guerreiros, eles fazem os Inkyr parecerem um bando de crianças.

Muelbo para um pouco olha para o céu e diz:

-Aaah...,Talvez eu esteja errado , talvez não precisamos ir atrás deles , mas não quero me separar de novo de vocês , se eu entrar em um longa aventura de novo devemos fazer juntos...

- Eh muito bom ouvir isso de voce, Muelbo. Significa muito para mim.

Kunji sorri e volta-se para a cidade.

- Mas ainda nao sabemos o que vamos fazer. Vamos esperar pelo exercito aqui mesmo, vamos atras deles, ou vamos procurar alguma missao paralela para fazer? A decisao esta em suas maos.

Muelbo para um pouco e pensa olhando para Kunji , levando a mão até o queixo, reflete alguns segundos e diz:

-A questão é se aconteceu alguma coisa com eles..., nos podemos ficar sem trabalho. e sem um amigo , um braço , um guerreiro , Trunks... - Diz Muelbo se lamentando...

-Mas bom , como não sabemos por onde começar a procurar ele , não temos escolha , vamos fazer uma missão, vamos para a taverna ler os anunciados por lá...

Kunji concorda com Muelbo e os dois se deslocam para uma das tavernas da cidade. Num canto da parede, um pequeno mural guardava anúncios e informações.

Entre os papéis, haviam missões para aventureiros, produtos à venda e à compra, notícias sobre o reino, entre outros. Uma das notícias que mais tinha repercussão no momento era a de um senador que estava desaparecido há uma semana já. Muitos eram os boatos sobre o paradeiro do homem, mas nada de concreto havia sobre ele. As últimas informações sobre o senador é que ele estava viajando para Calacala por uma estrada próxima à que liga a cidade supracitada à Foz. Por conta deste fato, muitos acreditam que isto tenha sido algum golpe de algum pirata. A "liberdade" de Foz pode estar ameaçada por conta destes eventos recentes. De qualquer forma, haviam algumas recompensas para quem encontrasse o senador com vida.


Outro papel apontava para uma missão empregada por Mirmidonn, um minotauro residente em Calacala. Ele oferecia a recompensa de 300 moedas para quem recuperasse um escravo fugitivo da escola de gladiadores. Obviamente que o escravo era um gladiador, então a missão oferecia algum risco.

Entre as compras, nenhuma saltava à vista de Muelbo. Pessoas comprando mesas, vendendo cadeiras, trocando camas, panelas usadas, etc ...

A taverna estava relativamente vazia aquele horário. Havia apenas um velho bêbado que parecia ter lugar cativo na taverna. Ele fedia e parecia não tomar banho a alguns dias.

O dono da taverna era um humano por volta dos 40 anos e tinha consigo um rapaz com a metade de sua idade, bem parecidos os dois. Provavelmente eram pai e filho. O rapaz servia a taverna enquanto o homem mais velho ficava sempre atrás do balcão.

Quando Muelbo leu as noticias ele associou o Elfo-Negro imediatamente com o sumiço do senador e ele tinha uma grande pista sobre o atentado , ele associou o exercito com a tentativa de reaparecer com ele, mas Muelbo não estava nem aí , não era problema dele!

**

Muelbo pensou muito sobre as possibilidades que ele tinha de fazer dinheiro ... e as dividiu com Kunji...

Muelbo dá algumas risadas e diz para Kunji sussurrando:
-Aposto que você não liga para a liberdade de Foz , eu também não ...

-Como precisamos de algo rápido.. acho que deveriamos ir atrás desse gladiador fugitivo , que nos pode render um pouco de treinamento enquanto a companhia está em campanha...

Muelbo quase sempre falava sobre as alternativas com Kunji , mas raramente o centauro dava suas opiniões por ele não ser um cara muito esperto.

-Bom ! o único problema dessas viagens é a droga do tempo , demoramos dois dias até lá, e eu já estou com saudade da voz de trovão de Minus e das ajudas de Trunks, temos que reduzir essa velocidade...

Refletindo um pouco , Muelbo chegou a conclusão precisava de um outro tipo de companhia em seu bando , um animal veloz, um cavalo , ou até algum outro bicho montável.

-Aaaih... sem mas conversas vamos até Calacala ?

Kunji, meio que coçando a cabeça, fala para Muelbo.

- Olha amigo, eu posso andar no meu passo máximo. Vou mais que três vezes sua velocidade. O problema é você. E o problema maior é esse reino idiota cujos habitantes principais não montam em cavalos.

Centauros eram criaturas bem estranhas. Eles eram metade homem e metade cavalo, mas não se consideravam um cavalo. Eles achavam um absurdo alguém montar em suas costas, mas não viam problemas em humanos usarem cavalos.

- Eu ouvi alguém falar em cavalos?

Um cara sorrateiramente aproximou-se da dupla. Tinha a cara feia e cheia de verrugas, um nariz comprido e um sorriso com dentes faltando. Ele fedia um bocado e usava roupas sujas, velhas e surradas.

((Mr. Coruja , por favor pare de usar Maconha..., Muelbo não disse nada sobre cavalo ele apenas refletiu sobre o assunto em sua cabeçinha..., mas tudo bem.))

Muelbo balança a cabeça para Kunji:

-É verdade amigo, até concordo com o que você diz , centauros são criaturas muito legais.., o problema realmente sou eu ... séria melhor se eu tivesse um CAVALO.

***

Muelbo quando ouviu a voz do velho fedorento ele olhou para atrás sem acreditar no milagre alguem aparecer do nada para lhe ajudar...:

-Humf... foi isso mesmo que ouviu , o que você sugere ?

(( Desta vez está tudo direitinho. De fato, Muelbo não disse cavalo antes, mas ninguém disse que ele tinha dito XD Kunji que mencionou o cavalo como uma solução para Muelbo. ^_^ ))

O velho fixa um olho em Muelbo e o outro olho em Kunji. Não, ele não era vesgo, mas podia controlar os olhos separadamente. A impressão visual era que ele era biruta, maluco, Zé-lelé.

- Que tal ... NAMALKAH! - diz ele, gritando o nome do reino dos cavaleiros. De fato, não havia lugar melhor para comprar cavalos que Namalka ... pena que estava meio longe de Tapista.

Muelbo se espantou quando viu os olhos do velho seguirem lados opostos , no inicio parecia até ser uma habilidade fascinante , mas depois de um tempo começou a dar um ar de 'nojo'.

Muelbo sorriu com a resposta do velho..., mas como era um cara muito impaciente , ele já achava que aquela conversa era perda de tempo..

-Bom meu caro, pode ser qualquer um desde que tenha o animal para venda, preciso disso rápido.

O velho parecia ignorar o que Muelbo falava, pelo menos no sentido correto da mensagem.

- RAPIDOS? Mas eh claro que os cavalos de NAMALKAH sao rapidos! Sao os mais rapidos do MUNDO!

O velho seguia falando, sempre gritando uma ou outra palavra. Aquilo chamava atencao dos demais, ateh que o filho do dono se aproximou e colocou as maos nos ombros do velho.

- Muito bem, Pasaro Louco. Pare de importunar os clientes.

Ele afastou o velho e virou-se para Muelbo e Kunji.

- Em que posso ajuda-los?

Muelbo escutou o velho louco quieto e sorridente, as vezes até ria da cara do pobre velho , até que aparecesse o homem , então ele lhe disse:


-Eu necessito de uma montaria terrestre para ainda hoje...

Muelbo observava o homem, se era um nobre e as roupas que usava.

(( Tipo, Namalkah nao eh uma pessoa, e sim um reino. ))

O jovem cocou a cabeca com uma expressao de desagrado.

- Putz ... isso vai ser dificil conseguir em Tapista. Talvez voce consiga em algum outro reino. Ja tentou em Petrynia? Fica aqui do lado.

Obviamente que Petrynia nao ficava tao perto assim, mas era o reino mais proximo de Tapista, tirando Hershey.

((Editei , eu pedi informações sobre o cara e você não deu , o Mestre são os olhos do jogador , mas tudo bem deixa para a proxima.))

-Não , obrigado , mas tarde do que nunca , vou para Calacala a pé pelo o que estou vendo...

Muelbo ficou conversando mas alguns minutos com o rapáz , depois foi com Kunji para o porto , ele lembrou de Redcout e os outros corsários e piratas

(( Ah, você queria descrição do rapaz que falou com você? Mas eu já tinha descrito ele quando descrevi a taverna como um todo. ))

Kunji acompanhava Muelbo, sempre calado. Aquela situação de silêncio era parte do novo Kunji, mais reservado e observador.

Ao chegar no porto, eles avistam apenas um barco, que parecia estar de saída. Seu capitão: James Bluecoat, em seu sobretudo azul.