Masquerade

Ela sorri para ele, sempre com o mesmo tom de paz e calma.

- Como quiser, mas sugiro que coma aqui ... e beba um pouco também.

Ela pegou da estante uma jarra de água e serviu um pouco em um copo, estendendo a mão para Muelbo.

- Precisamos trocar algumas palavras ... mas eu preciso que você esteja bem para isso.

Muelbo estende a mão e pega o copo , ele olha para água um pouco indeciso...

-Bom , pode falar...

Enquanto ele olha para a Gisele-mãe ele dá uma mordida no chocolate e bebe um pouco de água.

Imediatamente, Muelbo sente muita fome e sede. Como se ele tivesse passado dias sem comer nem beber nada.

- Primeiramente, hoje não é domingo. Você está aqui há cinco dias.

Ela continuava sorrindo, sempre calma e pacífica.

- Você vai se sentir estranho durante algum tempo. Nada demais. Apenas sugiro ficar longe de problemas.

Ela dirigiu-se para a porta e voltou-se novamente para Muelbo.

- Você não poderá ver Gisele por algum tempo, então nem tente contacta-la. Quando for a hora certa, ela irá lhe procurar.

E então, antes de sair.

- Lembre-se de manter segredo absoluto sobre o Masquerade. Ninguém deve saber. Afinal ... nunca aconteceu mesmo ...

E então ela deu as costas e começou a caminhar para longe.

-Ei , se tá me achando com cara de palhaço ?

Muelbo segue a mulher irritado com Isadora na mão.

-Que porra é essa ? o Enigma do milênio ?, porque minhas pernas tremem e eu sinto fome e muita sede?

-Viver longe de problema moça ? sabe o que eu faço para comer ? eu mato , eu sangro.

Muelbo estava muito estressado , podia ser qualquer um naquele momento , mas ninguém ia deixar ele alí sem respostas.

A mulher se vira para Muelbo novamente, agora já não carregava o mesmo sorriso de sempre. Ao contrário, mantinha uma postura de distanciamento, a mesma postura adotada por qualquer pessoa na casa dos 40 quando um muleque de 16 acha que sabe mais ...

- Olhe o seu tom. Não me faça arrepender da decisão que eu tomei de convidar-lhe. Respeite esta casa.

Ela parou por um tempo, apenas observando Muelbo.

- Você vai ter que arranjar alguma outra forma de viver por pelo menos uns dois ou três dias. E, acredite ... tem muitas formas de ganhar dinheiro. Já pensou em se oferecer como mão de obra para algum fazendeiro? Garanto que cultivar a vida é algo muito mais nobre que ceifá-las antes da hora.

-Quer que eu respeite a casa ? Vamos conversar lá fora então. - diz Muelbo falando mais baixo e com um sorriso no rosto.

Muelbo vai se aproximando de Gisele-mãe e fazendo perguntas.

-Eu só quero mesmo , são respostas.
-O que aconteçeu ontem para eu ficar assim ? tão estranho.
-Eu não sei nada além de matar e não pretendo aprender.

Gisele-mãe lamenta profundamente a posição de Muelbo.

- Sinto muito, mas creio que eu já não posso lhe acompanhar. Você vai de encontro a todos os meus princípios em mais de 20 anos a serviço da vida. Gostaria que você se retirasse do templo, por favor. Ainda será bem vindo sempre que precisar de nossos serviços de cura, mas nada mais que isso.

A mulher havia tomado uma decisão e lamentava-se por ter aceitado Muelbo como parceiro de sua filha no ritual sagrado. Mas ... se a própria deusa não fez objeção, Gisele já não sabia o que pensar.

Humf ... resmunga Muelbo.

-Vocês são uns egoístas , venho aqui para passar uma noite e vocês me adormecem por cinco dias , me dopam , me fazem ficar com muita fome e agora não vou poder ir trabalhar , moça eu sou de um exercito , eu marcho , e salvo vidas. - Diz Muelbo com muita lábia.

Muelbo vai andando em direção a saída com Isadora no ombro como é de costume ... ele olha para trás e resmunga:

-Não queria ir embora sem ver Gisele... mas como eu não tenho escolha...
-Diga a ela , que eu não pretendo esquece-la... tão cedo.

Muelbo vai andando e se retirando do templo...

"Que confusão dos inferno... vai saber lá o que aconteçeu aquela noite" - Pensa Muelbo.

Gisele-mãe não segue Muelbo. O que passou, passou. Sua força de vontade estava fundamentada em sua fé e sua crença pelo que é certo. Tirar vidas jamais era bom, mesmo que fosse para salvar a própria vida. Uma clériga de Lena seria capaz de morrer, mas jamais mataria.

Pontos de Experiência:
1 por sucesso
1 por interpretação

Total: 2 PEs

---

Aventura Anterior

Primeira Aventura

Próxima Aventura