O Retorno a Foz

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Muelbo ia embora de Calacala andando lentamente até Foz...
Ele ia olhando as coisas no caminho..., a lojas , as pessoas , os cidadãos e seus costumes..

Calacala era completamente diferente de Foz. Para começar que a população era quase que totalmente composta de minotauros. Minotauros em suas casas. Minotauros andando na rua. Minotauros em seus trabalhos. Guardas minotauros olhando para Muelbo, com certo receio que o meio-elfo pudesse arranjar confusão. Minotauros piratas. Minotauros bebês. ... Todos homens. Não haviam, de fato, minotauros mulheres. Por isso aquela raça era tão dependente das mulheres humanas, elfas e meio-elfas.

A própria arquitetura de Calacala era diferente de Foz. A lógica da cidade não era a mesma do resto do reinado. A cidade mais parecia um labirinto! Por vezes Muelbo retornou ao mesmo ponto antes de sair. Muelbo já conseguia pensar metade como minotauro. Cada vez que ele retornava a um ponto, ele reconhecia na hora o seu engano. Mas ele não tinha o instinto nato dos minotauros para saber a saída de primeira. Ele teria que ficar arriscando.

Numa dessas idas e vindas, Muelbo avista algo que lhe chama a atenção. Um homem, mais especificamente um guerreiro de armadura bonita. Muelbo já havia visto aquele homem antes! Ele era o guerreiro da armadura bonita que havia descido do navio umas duas semanas antes. Aparentemente, o homem estava mais perdido do que Muelbo. Seria presa fácil para os minotauros escravagistas.

Muelbo se aproximava lentamente do guerreiro sem fazer muito barulho, mas infelizmente era impossivel Isadora era grande demais , e o barulho da sua armadura chacoalhando fazia sons altos.

Muelbo chegou bem próximo do Homem disse...

-Não me leve a mal , mas as pessoas podem te matar para ter sua armadura... -

Muelbo olha bem para o cara... ele tentava reparar que raça era... se estava armado, se tinha mais alguma coisa de valor.
((Descrição do carinha.))

-Bom , aonde você pretende ir ?

O carinha não parecia ser nada mais que um humano. Ele trajava uma armadura bonita com um símbolo dourado na frente do peitoral em forma de Lua Crescente. Estava armado com um bordão, uma espécie de bastão com uma bola na ponta. Aquela arma podia ser qualquer coisa, menos letal. Tinha um cabelo curto e castanho, olhos verdes como os de Gisele e um rostinho de anjo de não fazer mal a ninguém. De fato, Muelbo tem tudo para acreditar que aquele homem não faz mal a uma mosca sequer. Ele também era um pouco mais baixo que Muelbo, chegando a medir algo em torno de 1,60 m.

Ele sorri ao ver Muelbo se aproximar e o saúda com um abraço rápido e forte.

- Saudações, irmão! Que bom ver um rosto humano ... ou quase humano. Eu já estava meio preocupado. Não consigo nem sair desta cidade.

Dizia ele, ignorando a primeira pergunta de Muelbo.

- Meu nome é Kyrie. Kyrie Divinignis!

Disse, estendendo a mão para um forte cumprimento.

((Um pouco mais baixo...? meu personagem tem 1,90 o.O))

Muelbo sorri quando ver que Kyrie corresponde nos atos de amizade e o saúda.
ele corresponde o aperto de mão e um belo sorriso...

-Pode ficar tranquilo , meu nome é Muelbo e eu vou te tirar daqui.

-Eu pretendo ir a Foz , a cidade inferno ... como eu gosto de chamar.

Muelbo e o viadinho ficaram conversando e estavam se dando bem...,ele vive a muito tempo em Tapista , ele sabia onde ficava a saída de Calacala(até porque ele já foi ali e saiu...).
Muelbo tenta de Calacala em direção as rotas que dão em Foz.

Enquanto andavam para fora de Calacala, os dois continuavam a conversar.

- Eu acho que te conheço de algum lugar ...

Disse Kyrie, pensativo. O próprio Kyrie não era estranho para Muelbo. Ele sentia que o conhecia de algum outro lugar também, fora o dia que tentou pegar um barco.

-Engano seu, não lhe conheço de nenhum lugar , a não ser que se batemos de frente em campo de batalha - Diz Muelbo pensativo.

Muelbo enquanto falava com Kyrie ia sempre olhando para frente , tudo parecia novo para Muelbo mesmo ele já ter ido alí outras vezes , Muelbo tentava ver se tinha animais naquele caminho , caravanas ou qualquer outra coisa.
O motivo da observação de Muelbo é que ele quer conheçer mais as coisas e os lugares de tapistas, para que ele possa usufruir disso mais tarde.
((Tem alguma coisa além de eu e Kyrie na estrada ?))

Muelbo ia tentando puxar assunto...

-Bom , o que te traz em Calacala ? Um humano não vive em tapista sozinho com certeza, iria virar picadinho para minotauros.

Kyrie olhou para Muelbo e sorriu.

- Neste caso, eu lhe pergunto o mesmo. O que você faz em Calacala, se qualquer coisa não minotauro vira picadinho? A não ser que ... É isso!

A face de Kyrie se iluminou quando ele finalmente reconheceu Muelbo.

- Então você era o outro cara! Eu não sabia que ia ter outro. Geralmente sou só eu ...

-Eu marcho por um exercito , estou aqui sozinho por irônia do destino...

-Mas não estou sozinho ... estou com Kyrie - Diz Muelbo sorrindo.

((Esqueçeu de descrever as coisas do caminho))

-Tenho alguns amigos , são poucos , mas o bastante para me manter vivo. e para falar a verdade nem sei ao certo quanto tempo estou sem ver eles, já o exercito , é só trabalho.

Muelbo continuava andando em direção a Foz quando o braço que segurava Isadora começará a doer um pouco... fazendo a espada ficar mais pesada , Muelbo começou a ficar inquieto e trocando a espada de lado diversas vezes...

Kyrie levava seu bordão tranquilamente e observava a inquietude de Muelbo.

- Se não está confortável, por que não compra uma bainha para ela?

A pergunta não era à toa. Qualquer um chegaria a essa linha de pensamento.

O caminho não era diferente do que Muelbo já havia feito antes. Apesar de no início ele ter passado por um lugar diferente, agora ele encontrava-se na mesma trilha já percorrida. O grande problema é que todas as trilhas de Tapista eram labirínticas. Nenhuma seguia em linha reta. Ela ficavam contornando fazendas e estruturas e lagos e qualquer coisa, até mesmo o nada, apenas por contornar.

- Me diga uma coisa ... como você conseguiu acesso ao ritual?

Kyrie estava curioso em saber como aquele homem conseguiu participar, mesmo sem ser um devoto de Lena.

-Eu quero comprar uma bainha para Isadora , mas vai arrumar uma deste tamanho... ela não caberia nas minhas costas e bom... acho que ela não gosta muito - Digo rindo , e dando vida a espada.

-Em relação ao ritual... pensei que fosse secreto, como você sabe dele ? - diz Muelbo olhando para frente e percorrendo o caminho.

Muelbo não queria dizer sobre o ritual pois estava querendo esqueçer Gisele um pouco da cabeça dele.

- Como eu sei dele?

Kyrie não parecia compartilhar dos mesmos pensamentos que Muelbo.

- Ora bolas! Você não me reconhece? Eu era o outro cara. Você ficou com a ruiva, certo? Eu queria saber como você acabou lá. Nunca em minha vida vi alguém que não fosse da ordem participar destes rituais.

-Eu fiquei com a ruiva? o que você está falando ? - Muelbo começou a se intrigar no assunto e algumas coisas começaram a clarear na cabeça de Muelbo , como os primeiros toques em Gisele.
A cabeça de Muelbo começou a funcionar em um ritmo rápido e absurdo tentando pesquisar memórias do Ritual. mas não saia nada além dos primeiros toques em Gisele a cabeça de Muelbo doía ele pois a mão na cabeça uma duas vezes disse:

-Começa a me contar o que aconteceu...

- Como assim começa a contar? Você estava lá! Você participou de tudo e ... Ah, entendi. Primeira vez que bebe do nectar de Lena, não é?

Kyrie se referia à poção que Muelbo bebeu. Infelizmente, ele não era tão específico quanto deveria. Para o humano, se ele sabia do que se falava, então a outra pessoa também sabia.

-Desse troço eu lembro... aquele suco estranho que me deram... , me doparam , me deixaram cinco dias dormindo , e me deram um chocolate em troca ... pelo menos lembro do belo corpo da ruiva...
-Acho que isso me conforta...

Muelbo começa a lembrar de Kunji , Trunks , seus amiguinhos, isso fez com que ele ficasse ancioso em ve-los.

"Preciso chegar em Foz logo..."

Kyrie concordou com a cabeça. De fato, era a primeira vez do guerreiro.

- Eu já não sinto quase nada quando bebo. Ainda sinto uma canseira após ficar 2 dias no ritual. Por isso a gente dorme de dois a três dias. Mas vale a pena ... é para o bem da Deusa em si.

Kyrie parou de falar um pouco sobre o ritual e olhou com curiosidade para Muelbo.

- Então ... você costuma fazer este caminho sempre? Porque eu estou perdidão!

-Relaxa , já chegaremos em Foz...

Muelbo fica curioso diante ao guerreiro da armadura bonita , será que era apenas um galanteador ? ou servia para algo...

-Bom , você tem habilidades como guerreiro ou é apenas um homem seguidor de Lena ?

Kyrie sorri orgulhosamente e estende os braços para o alto.

- Eu sou um guerreiro da vida, a serviço da deusa Lena. Minha sina é disceminar a concordância entre os lados das batalhas, ou ao menos tentar favorecer o lado do bem.

-Nossa , muito legal... - diz Muelbo sem mostrar muita importância...

Passou pela cabeça de Muelbo recrutar o jovem humano , mas iria ser muito ironico recrutar alguem que não pode matar...

Kyrie parecia não notar a indiferença de Muelbo. Ele era simplesmente alegre demais para se deixar abalar com a falta de vida de outras pessoas.

- E você, companheiro? Acredito que você tenha nascido em Zakharov, certo? Não acha que está muito longe de sua terra natal?

-Sim, acho sim... - Disse Muelbo olhando para baixo.

Muelbo não achava Tapista uma terra legal e de oportunidades , ele não queria dizer para o rapaz que nasceu nessa terra cercado de Minotauro e escravismo.

-Bom , acho que estamos próximos de Foz.

Muelbo e Kyrie viajavam a um dia apenas. A viajem levava dois dias para se completada. E a noite se aproximava ... lenta, mas contínua.

- Hm ... Muelbo ... você não acha melhor cuidarmos de um acampamento? É que ... sabe ... está ficando tarde. Não sei até onde poderemos seguir no escuro. Eu, pelo menos, não vejo nada na minha frente.

-Bom Kyrie , eu te guio , não quero parar porque pretendo ver meus amigos em Foz.

-Você não tem escolha , se ficar vai ficar preso no labirinto. - diz Muelbo sorrindo

-Bom então vamos.

Muelbo continuo indo ao caminho de Foz.

A noite estava fria e silenciosa. Pequenos animais cricrilavam ao longe, alternando-se em sua melodia insetóide. Também o vento contribuía com a melodia suave ao farfalhar o capim por onde passava.

- Muelbo ... cara ... eu não vejo absolutamente nada!

Kyrie estava mesmo perdido naquela noite. Humano como só ele, a escuridão não ajudava em nada. E a lua aquela noite insistia em esconder-se atrás de nuvens pesadas.

Mesmo para Muelbo a visibilidade estava ruim. Meio-elfos conseguem enxergar no escuro apenas se existir alguma fonte de luz por perto, por mais suave que seja. E quanto menor a fonte de luz, menor a qualidade da visão.

Por isso mesmo, Muelbo demorou para notar o que tinha no meio da estrada. Meio que envolto numa penumbra, à aproximadamente 15 metros da dupla, Muelbo pôde distinguir uma figura estranha, que parecia encarar a dupla. O corpo era humanóide, esbelto, esguio. A cabeça era tão estranha quanto o corpo, junto à sua coloração. A figura parecia um ... elfo negro.

-Acho que não é a primeira vez que não gosto do minha escolha - Sussurra Muelbo.

Muelbo era teimoso e cabeça dura e isso da maioria das vezes o ferrava.

-Muelbo erguiu Isadora sobre sua cabeça e a apontou para a figura.
-Identifique-se agora! - diz Muelbo

Muelbo apontava Isadora para o alvo com apenas um braço , ele não aparentava ter medo do que estava para vir, como Muelbo era muito superficial apenas uma pessoa não séria muito problema para ele.