por Coruja Sex 5 Nov 2010 - 20:18
(( Ainda não ^_^ ))
Selena, que por ser elfa-do-mar, ainda conservava a mesma juventude de 14 anos atrás, sorriu para Nido e acenou.
- Em breve, rapaz ... em breve ...
Kunji então fez o mesmo movimento e um barulho de trovão ressoou pelo lugar. Ao reaparecerem, Nido encontrava-se em um lugar completamente diferente. Primeiro que o calor era insuportável. Segundo que era árido. Para todo lugar que ele olha-se só haviam montanhas vertiginosas e picos sem fim. Terceiro que havia uma região, bem ao norte, que só de olhar dava medo. Até Kunji parecia querer evitar olhar para lá. E quarto que a pressão também era diferente. Nido havia saído do nível do mar para alguns mil metros de altitude. Seus ouvidos reclamavam a falta de pressão, provocando tonteiras, e seus pulmões reclamavam a falta de oxigênio, provocando um cansaço incurável. Qualquer atividade física, o que inclui falar, seria uma tarefa difícil para Nido no momento. Ele precisaria de pelo menos um dia para se restabelecer ... Mas Kunji não queria saber. Foi logo arrastando o menino por uma trilha estreita pelas montanhas ... até chegar em um povoado.
Cabanas super novas, construídas com todo e qualquer tipo de material disponível. Madeira era artigo raro, mas as peles pareciam sobrar. Nido poderia jurar que um dos couros verdes era, na verdade, pele de dragão. Mas como ele nunca vira um dragão na vida antes, seria impossível afirmar. Alguns humanos andavam de um lugar para outro, sempre ocupados com suas tarefas. Outros apenas fitavam o ar, em busca de aparentemente nada. Eram os vigilantes. Todos aqueles humanos vestiam roupas de pele grossas, mas curtas. A grossura oferecia proteção aos órgãos vitais, enquanto que o tamanho colaborava com a ventilação. O sol a pino catigava o lugar sem piedade.
- Estamos na tribo Hassan. Trata-se de uma tribo bárbara localizada em algum lugar das montanhas sanguinárias. Esses bárbaros são extremamente brutos e violentos, por isso tome cuidado com suas palavras. Se puder, não fale nada além do que lhe for diretamente questionado. Deixe o resto comigo.
Alguns dos bárbaros olhavam para Kunji e sorriam. Parecia que eles se conheciam de longa data. Mas ao olharem para Nido, ficavam apreensivos. Kunji continuou caminhando a passos lentos mas decididos, ininterruptos. Ele caminhava em direção à entrada de uma caverna, que parecia fazer parte da tribo.
A caverna era grande o suficiente para acomodar a tribo inteira. O primeiro salão, logo após a entrada, era amplo e bem ventilado. Ele dava acesso a outros três túneis. Kunji não adiantou-se a nenhum. Ficou apenas esperando no salão. Logo apareceu um bárbaro mais velho que veio saldar Kunji. O bárbaro vestia as roupas de pele, trazia um capacete no estilo viking, e portava um machado duplo pequeno, mas aparentemente pesado. Ele era forte como um touro. Tinha os cabelos e barbas ruivas encaracoladas.
- Grande Kunji, o druida de Allihanna! O que o traz à estas terras de domínio Megalokkiano?
- Grande Hassan, trago boas novas. Descobri que meu grande amigo Muelbo não morreu, mas vive através deste garoto. Sua semente ainda está crescendo, verdade. Ele ainda está com 14 anos ... mas felizmente ele está com 14 anos. Ainda não é velho demais para passar pelo seu teste. Este era o sonho de Muelbo. Acredito que o garoto irá gostar também ...
- Não sei ... ele me parece franzino demais. Não parece ter o vigor necessário. Ele não tem "o espírito".
- Se ele tem ou não, deixe que ele mesmo lhe mostre. Dê a ele uma tarefa a ser executada. Algo que esteja à altura do que lhe espera ... O que me diz?
- Pode ser. Pode ser ... O que você me diz, garoto? Está pronto para enfrentar o desconhecido? Pronto para perder partes do seu corpo ou mesmo morrer?