O Tesouro de Allihanna

(( Kel, sugiro dar uma lida na vantagem "Ataque Especial", na página 31, e também na sessão "Utilidades da Experiência", na página 142 do manual básico. ))

O goblin não aguenta a porrada de Kalil e desmonta em duas partes. O último goblin, desesperado com a situação, à beira da morte, e sozinho, faz seu provável último ataque, gritando algo incompreensível para Kalil ou Malla, provavelmente na língua do goblin.

Como Kalil se posicionou na frente de Malla, ela é a única possibilidade de ataque.

(( O goblin gasta 1 PM e ataca Kalil ))

O membro 'Coruja' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 1

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#2 'd6' :

#2 Resultado : 5

Felizmente, para Kalil, o goblin erra miseravelmente. Pela quantidade de sangue que ele já havia perdido, suas forças já lhe abandonavam. O goblin agora esperava pelo golpe final.

((Não saquei. O que tem haver essas páginas com a minha dúvida sobre contagem de pontos?))

O membro 'Mone' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 2

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#2 'd6' :

#2 Resultado : 3

Finalmente, no último golpe, Kalil termina de matar o goblin. Agora os goblinóides daquele grupo não seriam mais problema. Contudo, a floresta ainda guardava seus perigos, as duas viajantes estavam em estado grave de saúde, precisando de descanso, e ainda eram 8 da manhã.

(( Distribuição de XP:
Malla: 2 por inimigos e 1 por interpretação
Kalil: 2 por inimigos e 1 por heroísmo ))

Malla deixa seus equipamentos caírem desajeitadamente no chão. Ela caminha com dificuldade até uma árvore a beira da estrada; perdia sangue e sentia seu estômago na altura da boca, sem falar na paisagem que insistia em continuar girando. Terminou por se recostar no tronco da árvore, sobre a sombra, fechando os olhos.

Toby esgueira-se para fora da mochila, puxando o cantil de água, em direção à sua amiga ferida.



((Não assisto filmes de guerra o suficiente para saber como agir nessa hora.))

Kalil não se importou com a resposta de Malla, não valia apena começar uma discussão com ela, se virou e foi cuidar das suas próprias feridas.

Colocou sua lança no chão, em seguida pegou seu cantil e bebeu um pouco de água. Mesmo com tantas feridas era preciso economizar água, estava muito longe de um rio. Kalil ainda estava preocupada de ficar ali exposta a qualquer outro ataque.

Os sons da mata eram serenos, tranquilos. Burburinhos de insetos voadores, rastejantes. Um cricrilar suave, intermitente. Era possível ouvir a floresta respirar.

E então, algumas folhas começaram a se mexer, como se alguma coisa se movimentasse por alí. Não estava próximo às aventureiras, mas estava a uma distância observável. Qualquer que seja o animal que provocava aquele pequeno distúrbio, o fazia sem ser visto.

Por detrás de um arbusto, uma figura humana se revelou. Ao menos sua forma era humana. O corpo feminino ostentava a beleza fascinante de sua nudez, mesmo que sua pele tivesse aspecto semelhante à de um caule de flor. Os cabelos, verdes, caíam sobre os seios nús da mulher, enquanto seus olhos rosados fitavam Kalil. A criatura sorriu graciosamente para Kalil, achando estranho que aquela centauro estava vestindo roupas como os humanos da cidade que ousavam desbravar os territórios de Allihanna as tatuagens tribais que subiam pelo corpo nu da centauro. Seria aquilo natural de alguma espécie nova criada pela deusa?

A mulher não disse nada. Apenas permaneceu sorrindo, fitando os olhos de Kalil. Ela tinha visto a batalha travada a pouco. Sabia que a centauro e a meio-orc estavam 'do lado' da natureza, ao combater os nefastos goblinóides.

A mulher riu de forma gostosa, chegando a jogar a cabeça para trás. E então voltou a fitar a centauro, sempre sorrindo. Ela olhou para trás e depois chamou a centauro com as mãos, sem falar uma palavra. Em seguida, começou a andar por entre as árvores sem um caminho certo. Ela olhava para trás de vez em quando para ter certeza de que a centauro à seguia.

Ao final, depois de tanto caminhar, a mulher simplesmente desapareceu. Ela não sumiu do nada, mas ao virar atrás de uma arvore, não reapareceu. Por alguns segundos, ela permaneceu desaparecida, para então ressurgir atrás de Kalil. Ela continuava sorrindo e carregava duas flores, uma em cada mão. Dentro das flores havia algum liquido curioso. Tinha um vermelho vivo, como a própria flor. E então ela estendeu as mãos, oferecendo as flores para Kalil.

Sempre rindo, a curiosa mulher começou a se afastar de Kalil, dando voltinhas como se dançasse. E então, virando novamente atrás de uma árvore, ela não reapareceu do outro lado. Aparentemente, aquela misteriosa mulher podia aparecer e desaparecer à vontade.

Kalil franziu a testa novamente. Era uma situação extremamente estranha, confusa e completamente fora de um padrão dito normal, principalmente por se tratar de uma suposta humana. Em suas mãos havia as duas rosas que continham o liquido avermelhado, tinha um ar adocicado como se fosse um mel. Mas o que fazer? Não sabia ao certo se seria conveniente tomar, era uma substância desconhecida, poderia provocar qualquer tipo de reação.

A mulher havia sumido não tinha mas como tirar dúvidas e mesmo que lá estivesse não iria adiantar muita coisa, afinal ela não pronunciou nenhuma palavra, apenas ria e sumia do nada, parecia um fantasma da floresta.

Kalil foi andando em direção a onde Malla estava, tinha seguido a mulher misteriosa por um longo caminho se distanciara um pouco. Antes que avista-se por completo Malla, Kalil tomou uma decisão.

"Vou tomar esse liquido e ver no que dá. Aquela mulher me aparentava ser amiga. Talvez um espirito amigo da floresta." De uma só vez ergueu uma das rosas e bebeu o necta adocicado que lá continha, esperando que nada de mal lhe acontecesse.

Rir é o melhor remédio ... e esse provérbio não é à toa. Ao tomar o líquido avermelhado da flor, Kalil começa a sentir um formigamento por todo o corpo. Acompanhando o formigamento, uma sensação de calor a tomava por completo. Daí uma sensação de cócegas, não dessas extremas, mas dessas suaves, que fazem a gente gostar e querer mais um pouquinho só. E para completar o conjunto de sensações, uma onda de prazer também assolou o corpo de Kalil. Todas as reações levavam a um mesmo lugar: bom humor. Por pior que fossem os problemas de Kalil, a vida ainda seria muito mais bela. Kalil já não tinha uma ferida em seu corpo. Era como se nunca tivesse sido atingida pelos goblins.