por Coruja Qua 16 Mar 2011 - 11:10
(( Eu já deixei claro antes nos posts, mas vou enfatizar aqui. Só tem 1 pescador no barco. Ele sozinho lida com o barco inteiro. Por isso o barco é de pequeno porte. ))
Kalil mantinha-se meio impaciente no barco, mas por falta de opção sua inquietude foi vencida. O pescador, após algumas horas, terminou de desembaraçar a rede. Colocou ela para cima das amarras e passou novamente as cordas pelas roldanas. Enquanto fazia tal movimento, um outro barco, de maior porte que o do humilde pescador, passou por eles, no sentido contrário. Os bucaneiros e corsários presentes naquele navio olhavam para o barco pesqueiro com cara de poucos amigos. Provavelmente examinavam a possibilidade de algum tipo de fortuna, mas logo descartaram a idéia. Alguns dos marujos, contudo, fixaram os olhos em Kalil com um certo interesse. O capitão, trajando roupas típicas, de cor negra e tons escuros, apenas olhou de relance para o barco e seguiu, altivo, o seu caminho. Finalmente, os barcos se separaram e a tensão do momento se desfez.
Horas depois, o sol se pondo no horizonte e a visibilidade diminuindo drasticamente, o pescador começou fechar a vela e o barco foi parando o movimento. Ele então jogou a âncora e acendeu um lampião do lado de fora da porta do casebre.
- Bom moça ... seguimos viagem pela manhã. Com a sua licença ...
Disse ele, abrindo a porta da cabine para entrar. Kalil estava com fome e sede, principalmente sede. Por sua sorte, o seu cantil não havia se perdido nas águas tal qual sua lança, pois estava preso em sua cintura.