Mercenários

A viagem havia sido longa e cansativa. O clima não estava bom, pois o general estava muito furioso com a traição por parte de um dos seus membros. Mas, apesar da tensão, a viagem transcorreu sem maiores problemas.

A chegada a Foz foi cautelosa. Nunca se sabia se a cidade estava segura. Na verdade, sabia-se que a cidade NUNCA estava segura, mas era necessário avaliar o nível de perigo, para não topar com guardas da milícia de Tapista.

Uma vez dentro da cidade, Minus Tron foi diretamente para o prédio que lhe servia de sede. O lugar era muito bem guardado com trancas e armadilhas, pois lá eram guardados os tesouros gerais do exército, pertencentes a Minus, e também os tesouros dos membros que não queriam gastar, mas preservar para fazer um pé-de-meia. Obviamente que os tesouros eram guardados no subterrâneo da construção, numa pequena rede de túneis labirínticos, onde apenas minotauros conseguiriam achar o caminho.

Aos poucos, após desarmar a maioria das armadilhas, Minus permitiu que seu exército entrasse no Quartel General. Os soldados foram se acomodando em seus lugares, buscando quartos para si. Haviam cerca de 20 quartos no andar de baixo e mais uns 30 no andar de cima. Os quartos do andar de baixo eram reservados aos minotauros e às demais raças que tinham medo de altura, ficando o andar superior para uso geral das demais raças.

No andar de baixo também encontrava-se uma grande sala de jantar, que também servia como sala de reuniões. O pequeno Forte também contava com uma única torre de vigia, onde os melhores arqueiros se revezavam em ciclos de 6 horas.

Tron convocou todos os membros para dar um simples pronunciamento.

- A recompensa pelo traídor do carinha misterioso continua de pé. A espada e mais mil Tibares. Fora isso, vocês estão dispensados até segunda convocação. Podem divertir-se pela cidade. Se pretenderem viajar, deixem-me a par da situação. Fora isso, estou orgulhoso de vocês. A luta contra os trogloditas não foi fácil, mas nós levamos a melhor. Parabéns. E estão dispensados.

Muelbo estava extremamente cansado com a batalha e a viagem , seus ferimentos já tinham-se recuperado , porém a fome , a sede de alcool , e a vontade de se divertir era muito grande.

Muelbo então resolve ir até a taverna , não tem lugar melhor para beber umas bebidas e conversar com calma um pouco.

Muelbo convidou primeiramente o 'meio-orc' que o ajudou em batalha , ele não convidou Kunji primeiro porque já sabia que o centauro iria de qualquer forma

-Ei , meio-orc , estou muito afim de ir na taverna beber um poco , o que acha de irmos lá ?

Logo depois que Muelbo convida o meio-orc ele vai até Kunji e diz.

-Kunji , está afim de ir na taverna , gastar o dinheiro que conseguimos ? - Muelbo diz entusiasmado

O meio-orc sorri para Muelbo após receber o convite.

- Claro! Estou mesmo querendo tomar uns tragos.

Kunji olha com os olhos arregalados para a situação. Muelbo convidou o carinha antes dele? Então Kunji já estava sendo substituído como melhor amigo? E tal foi a reação de Kunji ao ser convidado por Muelbo.

- Não, obrigado! Parece que você já tem alguém para te acompanhar.

O meio-orc, levantando uma sobrancelha e coçando a cabeça com uma mão, resolve tentar arrumar a situação.

- Ei amigo ... não quero me meter na amizade de vocês não. Se quiser ir só com ele, eu fico.

Ao que Kunji respondeu, sem nem olhar.

- Não, obrigado. Eu já tenho umas outras coisas para fazer mesmo. Vão vocês. Quando eu terminar eu procuro vocês lá ...

Disse, e então virou-se e saiu galopando por aí.

(( Centauros galopam rápido. Seguir é impraticável. ))

-Kunji , volte aqui agora - Grita Muelbo!
Muelbo tenta gritar o centauro para ele voltar.

"Putz , só faltava essa , se esse centauro se perder por aí não vai ser nada bom..."

-Bom , de qualquer forma vamos , depois eu acho ele por aí.

Muelbo e meio-orc vão indo até o taverna mais proxima de Foz , Muelbo estava com muita vontade de beber cerveja para pensar em correr atrás de Kunji , mesmo Kunji sendo meio abobado ele sabe se cuidar bem.

Já na taverna, o meio-orc puxa logo a primeira cadeira da primeira mesa e senta-se nela. Ele espera que Muelbo faça o mesmo, mas já adianta uma pergunta que martelava sua cabeça.

- Rapaz ... o que foi que o seu amigo disse lá atrás? Eu não entendi quase nada!

Muelbo , para não assustar o meio-orc com as infatilidade de Kunji diz:

-Bom , ele disse que ele precisava comprar um machado novo para ele , o antigo está uma merda...
-Sabe como é né , temos sempre que renovar nossas armas. - diz Muelbo

Ele senta e espera com que alguem o atenda , assim que alguem vem atender ele pede

- Por favor , me dá duas cervejas , uma pra min e pro meu amigo aqui.

Muelbo repara todas as pessoas da taverna , e tudo a sua volta.
((Descrição de quem tá na taver por favor))

Quem veio atender foi uma garçonete de pele azulada. Ela tinha orelhas esquisitas, alongadas e parecendo barbatana de peixe. O cabelo roxo vivo chamava atenção, mas não era esse o fator mais estranho nela. Acontece que ela estava toda molhada, literalmente pingando água. A roupa colava no corpo, mostrando suas formas femininas atraentes.

O meio-orc ficou olhando de queixo caído a atendente ir e vir e depois regressar com o pedido. Muelbo, por sua vez, reconheceu a raça da mulher. Tratava-se de uma elfa-do-mar, esses primos distantes dos elfos da superfície.

A garota era sempre sorridente e, quando entregou as bebidas, Muelbo pôde perceber que suas mãos tinham membranas entre os dedos.

Quando a garota se afastou, o meio-orc não pôde conter-se em comentar com Muelbo.

- Caraca! Que mulher mais gostosa! Ah ... será que ela faz serviços especiais?

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A taverna estava relativamente cheia, em sua maioria por humanos. Muitos deles pareciam com corsários, marinheiros e capitães de naviso, mas por se tratar de foz era bem provável se tratarem todos de piratas e outros agentes ilegais.

Devido ao posicionamento das colunas na taverna, não era exatamente possível ver todas as pessoas presentes. Além do mais, os chapéus que os capitães usavam eram grandes e dificultavam ainda mais a visão.

Muelbo repara que é uma linda mulher , porém não fica interessado em te-la , por esse motivo ele incentiva muito o Meio-Orc.

-Não sei cara ! cabe você a pergunta-la , e olhando bem para ela ... com certeza...!

Muelbo bebe sua cerveja calmamente conversando com seu amigo Meio-Orc.

-Bom , antes de você falar com ela , você não me disse seu nome!
-Qual é ?

O meio-orc encara Muelbo com uma cara de 'ah é'.

- Cacilda! Eu esqueci completamente. Ah, mas você também não me disse o seu. Bom, eu sou o Trunks, o mestre da lança.

E então ele estende a mão para Muelbo, como forma de cumprimento, esperando que Muelbo lhe disse-se o seu nome também.

O barulho na taverna crescia cada vez mais. As conversas começavam a ficar animadas nas mesas vizinhas, mas as caras dos ocupantes não eram nada convidativas.

-Meu nome é Muelbo Jama , sou o Mestre do nada mesmo.

Muelbo faiz outra pergunta ao Meio-Orc.

-A quanto tempo você serve o General Thorn ?

Muelbo termina de beber a cerveja , ele sente fome... , lembra que não comeu nada a muito tempo , ele tem 5 maçãs conservadas na mochila ... mais , maçã ? claro que não , ele queria ótimos petiscos

-Vou chamar aquela atendente gostosa dinovo , olhe só!

Muelbo acena para a atendente Elfa-do-mar , espera que ela chegue até sua mesa e diz

-Você poderia me ver petíscos para mim e para meu amigo Trunks ?

Trunks pensa por um tempo e depois responde.

- Acho que estou a uns 2 anos no exército dele. Hahaha ... bela gozação com o nome do cara. Mas não deixa ele te pegar falando o sobrenome dele errado, viu.

Após algum tempo a garçonete vem atender Muelbo. Ela sorri ao chegar à mesa e pergunta.

- Pois não? O que os senhores vão querer?

Ela aparentemente está dando bola para Muelbo, por ser um meio-elfo, sem nem mesmo olhar para Trunks.

Trunks percebe isso e encosta na cadeira, com a cara meio amarrada.

A garçonete ouve o pedido de Muelbo e volta para a cozinha. Lá ela pega um balde de água e derrama sobre sua cabeça, molhando todo o seu corpo. Mais alguns minutos e ela está de volta com uma porção de batatas assadas e queijo derretido. Ela coloca sobre a mesa cuidadosamente e então vira-se para voltar. No que ela esta voltando, Trunks dá um tapa em sua bunda, que chegou a fazer um certo barulho. A garçonete fica estática no lugar por um tempo, como que se acalmando ou tentando não gritar e sair correndo. Depois ela volta a caminhar como se nada tivesse acontecido.

Trunks abre um sorriso como quem diz 'assim é que se faz'.

-Trunks... , pega mais leve cara ! - Diz Muelbo rindo.

Muelbo se aproxima bem do Trunks e diz...

-Até achei legal , mais tem muita gente aqui para só nos dois não acha ? - Sussurra Muelbo

Logo depois que Muelbo diz essas poucas palavras para Trunks ele se depara com o lindo prato de petiscos , come tão desesperado que deixa poucos para seu amigo

-Desculpa , estava MORTO de fome! - Diz Muelbo em voz alta , seguido de uma gargalhada

A cerveja que ele bebeu , já tinha começado a fazer efeito , Muelbo era muito fraco com bebidas , ficava tonto e bebado rápido , por isso , não tinha intenção de tomar outra.

-Bom , em relação o Minus , nunca soube mesmo o nome dele , e não pretendo ficar muito tempo com ele , só até eu ficar um pouco mais experiente em batalha , dai seguirei meu rumo com um novo exercito ! - Gargalha muelbo novamente , sem motivo algum desta vez.

-Bom cara , pretendo ir até o mercado negro , gastar minhas recompensas está afim de vir ? acho que deve ter algo legal lá.
-Saindo de lá eu vou para o forte de Minus dinovo e dormir.

Trunks olhou para Muelbo e arregalou os olhos e sobrancelhas.

- Caraca! Você estava mesmo faminto! Bom ... o jeito é pedir mais. Oh gostosa! Traz mais desse aqui, beleza?

Ele grita para a garçonete. Era visível que Trunks não tinha a mesma educação que Muelbo. Alguns caras de outras mesas olham para a mesa de Muelbo e Trunks, mal encarados. Trunks parece não ligar.

- Escuta, se eu fosse você não ficava espalhando esse seu plano assim na taverna não. Pode ter amigos do Minus aqui e o cara pode não gostar de saber que você quer abrir uma concorrente dele. E tipo ... qual é a sua base de operações? Porque o Minus botou pra fuder aqui em Foz. Aquele Forte dele não é brincadeira, viu!

E ainda tentando acompanhar a velocidade do meio-bêbado do Muelbo, Trunks responde.

- Sei não ... vou ficar por aqui. Não pretendo torrar minha grana e ... acho que tem coisas melhores para fazer.

Ele termina de falar e volta a encarar a garçonete que ainda não servira a mesa, pois estava atarefada com outras mesas e outros pedidos.

-Tudo bem , em questão do plano , prefiro começar com um bando depois cresçer para algo maior.

-Bom já que você não quer ir pretendo ir sozinho , te vejo no forte!Vou pagar a sua bebida

Muelbo ver que o Meio-Orc fica meio constrangido em ter uma bebida paga por alguem que ele nem conheçe , mais Muelbo insiste , levanta da mesa e vai até a atendente.
Muelbo tenta seduzi-la , mais para diversão e não planos diabólicos ou algo do tipo.

Muelbo quando fica bem proximo da atendente pega ela pelo punho e diz bem proximo do ouvido:
-Posso te encontrar depois do seu serviço ?

Antes mesmo dela responder Muelbo tira algumas moedas do bolso sem contar e dá na mão dela( em que o punho estava segurado)

-Isso aqui é pelo consumo ! - diz Muelbo sorridente

Muelbo sai andando da taverna , acena para o Meio-Orc antes de sair

"Bom , agora pretendo ir a algum mercado/mercado negro , ver se tem algo para eu comprar... ou até mesmo roubar!"

A garçonete sorri diante do cortejo de Muelbo e acena positivamente com a cabeça. "Às sete ... eu saio pelos fundos da taverna." Diz ela, guardando as moedas na gaveta da loja e indo servir mais clientes.

Trunks fica de olho na conversação e apenas acena para Muelbo.

***

Já do lado de fora, Muelbo procura um mercado, mas acaba indo parar nas docas, devido à seu estado de semi-bebedeira. Ainda assim lá ele encontra alguma coisa. Um navio pirata estava com as mercadorias em terra para vender. Uns quatro marinheiros mal encarados tomavam conta do lugar, sendo o capitão o responsável pelas negociações.

Muelbo odeia muito aquela sensação de bebado , e tenta de alguma forma para-la balançando a cabeça com força , mais a maioria das vezes era em vão , ou o deixava mais tonto por alguns segundos

Muelbo se aproximo dos marinheiros e diz:

-Você tem algumas armas ou animas à venda ? - Diz Muelbo.

Muelbo tenta observar melhor os marinheiros e o capitão.

((Descrição de armas e roupas por favor))

Todos os marinheiros estavam armados com sabres de lâmina larga. Além disso, eles vestiam roupas comuns. Tecidos simples e baratos, para serem surrados nas tarefas do dia a dia do barco. Já o capitão trajava roupas melhores, bem melhores. Vestia um sobretudo azul bem alinhado, com botões dourados. Na cabeça, um chapéu grande de capitão, também na cor azul. Suas armas eram um sabre longo de lâmina fina e uma pistola.

Pistolas eram armas raras em Arton, pois a pólvora era muito instável, podendo explodir nas mãos de seu dono. Apenas loucos usavam tal ferramenta.

O marinheiro a quem Muelbo se dirigiu nem lhe deu confiança de responder. Vendo a cena, o capitão levantou-se de sua cadeira de caixote improvisada e chamou-lhe.

- Amigo ... interessado em mercadorias? Venha aqui ... aproxime-se ...

Muelbo vai até o capitão e fica realmente estressado pelo marinheiro que não deu bola alguma
-Muito obrigado por me atender capitão , estou interessado em mercadorias sim , de preferencia armas , e animais de todos os tipos.

"Deve ser muito legal ir para o mar" - Muelbo pensa , todos os pensamentos de Muelbo não era comuns , pois ele estava semi-bêbado para pensar coisas sérias no momento

O capitão sorri e acena para um marinheiro que imediatamente via pegar uma caixa.

- Veja ... sobre animais, eles são raros de se comercializar, pois ... bem ... eles costumam morrer, sabe. Mas eu tenho aqui algumas coisas interessantes. Desde peixinhos ... até essa fadinha aqui.

Disse ele, abrindo uma caixa e mostrando o conteúdo. Dentro dela tinha uma jaula e dentro da jaula havia uma pequena criatura alada. A criatura era do tamanho de uma cabeça, ou até menor, e emitia uma leve luz bruxuleante.

- Você gostou dela?

Perguntou sorrindo para Muelbo. Afinal, negócios estavam para ser tratados.

-Achei ela super incrivel - Diz Muelbo com um ar irônico.

-Mas na verdade meu senhor , eu gosto de algo mais raçudo , animais que realmente tenham utilidade grande. , Montar , Voar , ou Atacar, você tem um desses?

-Bom e armas , tem aí ?

Muelbo não dá muito bola para a fadinha , alias , ele não gasta dinheiro com coisas que considera inultiu , e muito menos se interessou em salvar a pequena fadinha.

O capitão coça o queixo e fecha o caixote novamente.

- Muito bem, vejamos o que temos aqui ...

Ele abre outro caixote e você pôde ver lá dentro alguns tipos de lâminas diferentes. Sabres, na maioria. Pareciam todos comuns.

- Com relação a bichos maiores, eu não tenho nenhum aqui comigo. Mas ... posso arranjar um sob encomenda. No que exatamente o senhor estaria interessado?

-Cavalos , Rinocerontes , Grifos , Leões , Lobos... e armas de duas mãos , grandes e de preferencia especiais...

-Bom , caso você tenha algo desse tipo me avise , vou continuar procurando em mercados e outros navios , muito obrigado

Muelbo cumprimenta o capitão e sai andando atrás de um mercado , depois de fica lá um tempo a tonteira da bebedeira saiu.

O capitão nada diz. Apenas observa o bêbado sair, percebendo que foi apenas uma perda de tempo.

Muelbo continua caminhando, já sentindo-se um pouco melhor, até que encontra uma feira numa esquina. Haviam algumas poucas barraquinhas lá. Tinha barraquinha de comida, de roupas e tecidos, e até uma de ervas e raízes.

Muelbo continua caminhando , só ia dormir aquele dia se achasse o que queria.
Muelbo agora procura por Ferreiros ou loja de animais.