Mercenários

Após andar um bocado, Muelbo encontra um ferreiro trabalhando em sua loja. Ele consertava um lote de ferraduras. O ferreiro era um anão baixinho e barrigudo, com barba aparada e bigodes curtos, chamuscados nas pontas. Cultivar pêlos quando se trabalha com fogo não é algo possível.

Muelbo se aproxima da loja e diz
-Olá meu senhor , você tem espada de duas mãos a venda ? preferência a metálicas ou mágicas por favor. - Diz Muelbo com um poco de pressa

Muelbo já se lembrará que tem um encontro que daqui a pouco está para acontecer

O ferreiro olha para Muelbo com um olhar estranho.

- Hm ... eu acredito que sou um ferreiro, profissão de quem trabalha metais. Logo eu trabalho com armas metálicas. Mas vamos lá. Tenho aqui um machado de lâmina única, mas grande. Tenho também uma espada bastarda, mas acho que ela é pesada demais para você.

Disse ele, avaliando Muelbo. Ao fundo, uma grande foice jazia encostada à parede. Ela reluzia e tinha algumas gemas incrustadas nela.

-Bom , posso deixar minha espada com você para usar a bastarda... , posso dar uma olhada nela ?

Muelbo analisa a espada bastarda , ignora a Foice porque não era o seu tipo de batalha ...

Muelbo deixa sua espada encostada e seus pertences em cima mesa na parede e tenta carregar a Espada bastarda.

Enquanto ele tenta fazer essa feito heróico ele diz :

-Bom .. e quanto ela tá custando ?!

- 400 Tibares.

Respondeu o ferreiro, olhando para os movimentos de Muelbo. De fato a espada era pesada demais para ele. Mas, se Muelbo treinasse, quem sabe ela não seria uma arma formidável?

- A sua velha espada está com uns arranhões e está fazendo uns dentes. Quer que eu dê uma arrumada? Faço por 50 Tibares.

-Não quero mais nada meu senhor.
((Não vou querer pelo fato que já te expliquei..))

Muelbo pega suas coisas e vai indo em direção a taverna onde ia se encontrar com a elfa-do-mar , ele queria um informação , ou uma indicação de algo que ele realmente precisava.

- Mas senhor ... a sua espada ... ela precisa de cui...

Muelbo não quis ficar para ouvir o que o anão ferreiro tinha para falar.

Andando pela rua, Muelbo acaba avistando seu amigo Kunji. Ele estava carregando uma nova bolsa de couro, própria para cavalos, onde ele colocaria nas costas de sua metade animal. Ele parecia bem feliz com a nova aquisição, tanto que nem viu Muelbo.

Muelbo avista Kunji e logo corre para falar com o centauro

-Nossa Kunji ! que bolsa bonita ! pelo menos você arrumou algo interessante hem !

-Pelo assunto mais cedo , eu queria fazer novos amigos , mas nimguém substitiu você amigão !

-Olha , agora preciso fazer algo MUITO importante , eu te encontro no forte , tudo bem ?

Muelbo vai andando para a taverna apressado , está loco para se encontrar com a elfa-do-mar.

Kunji sorri e acena.

- Tudo bem ... depois a gente se fala. Mas eu encontrei uma arma da hora que eu acho que você vai gostar.

Disse ele, enquanto Muelbo se afastava. Se Muelbo voltasse, Kunji iria mostrar o lugar da arma. Se não, então Kunji iria para o forte.

Muelbo volta para Kunji e diz ...
-Claro que não vou perder essa oportunidade

-Vamos lá mais tem que ser muito depressa , tenho algo MUITO importante para fazer
((Tirar a virgindade do Muelbo rsrsrs))

Após alguns minutos e caminhada, cerca de 15 minutos, Muelbo e Kunji chegam ao local indicado por Kunji. Era nas docas, mas afastado do ponto onde Muelbo fora da primeira vez. Pena que Muelbo não procurou mais pelas docas para ver se não tinham outras opções.

O mesmo esquema estava montado nas docas, com caixotes amontoados e marujos servindo de guarda e mão-de-obra. A diferença é que o capitão era, na verdade, uma capitã.

- Ora ora ... se não é o centauro Kunji que retorna com seu amigo prometido ...

Disse ela, em tom de voz alto. Os marujos já estavam guardando as caixas no navio, pois a noite avançava. Mas um caixote ainda jazia separado, perto da capitã. Ela trajava vestes semelhantes às do antigo capitão, mas a cor predominante era a vermelha, tanto no sobretudo quanto no chapéu.

-Bom estou aqui para ver espada
Por favor depressa , eu tenho muitas coisas para fazer ainda hoje

Muelbo fica esperando a espada ancioso , faiz milhões de perguntas para se apressar.

-Quanto ela custa?

- Onde estão os modos?

Perguntou a capitã, franzindo o cenho. Mas mesmo assim, negócios eram negócios. Se o cliente queria pressa, então ela iria direto ao ponto. Ela deu um pisão na caixa e então um dos marujos foi até lá e abriu. Dentro tinha uma espada bastarda parecida com a do ferreiro anão, mas um pouco diferente. Aparentemente, era uma espada comum à vista. Apenas um detalhe saltava à vista. Tinha uma assinatura gravada na base da lâmina, como se o ferreiro que a forjou quisesse deixar sua marca.

- 800 Tibares por Isadora.

-Hahah 800 ?
-Alí atrás tem uma por 400 , bom vou direto ao assunto !
-500Tibares mais essa minha espada aqui , e então o que vai ser ? e estou com pressa hem...

Muelbo diz com muita pressa ...

"Será que ela ainda tá me esperando ? será que são 7PM?"

A capitã analisa Muelbo de cima a baixo. Ela tinha um olhar inquisitivo.

- Hm ... deixe-me ver sua espada.

A mulher examinou a espada e finalmente consentiu.

- Muito bem, aceito sua oferta. Mas lembre-se de cuidar muito bem dela. Isadora não é uma espada qualquer. Ela é uma Zakharoviana, 'filha' do mestre ferreiro Nezumiro. Ela não é apenas mais uma arminha para brandir por aí. Ela é uma verdadeira obra de arte. E ela tem alma própria.

Disse por fim, recebendo o pagamento de Muelbo e entregando Isadora embanhada em um pano grosso e macio, parecido com uma flanela de qualidade.

Muelbo não gosta de demonstrar suas emoções , mais quando esconstou na espada quase surtou de alegria , deixou todo mundo com cara de bobo , ainda mais o Kunji , Muelbo saltava , e no final disse :

-Muito obrigado Kunji , você é o cara

Muelbo vira para a capitã e diz :

-Muito obrigado minha senhorita , caso necessário algum serviço me diga , sou Muelbo Jama!

Muelbo lembra da elfa-do-mar , então corre com velocidade até a taverna com a espada no colo.

A capitã e Kunji olhavam para Muelbo com olhos arregalados. Era difícil acreditar no que viam.

- Então ... acredito que o seu amigo vai ser um bom guardião da Isadora. Mas fique você de olho também. Isadora é uma espada especial. E como toda arma Zakharoviana, ela gosta de atenção. Seria bom seu amigo tratar a espada como se fosse uma pessoa. Entendeu? Você pode dizer isso a ele?

- Claro que sim, senhorita dona marinheira capitã general. Eu falo para ele.

Enquanto Kunji se afastava a galope, indo direto para o QG de Minus, a capitã ficou olhando embasbacada para o centauro.

- Eu não entendi uma palavra do que ele disse ...

***

Chegando no fort, Kunji bate na entrada com Trunks, o meio-orc. De cara, parecia que uma briga ia rolar, mas então os dois sorriem um para o outro e entram no forte, cada qual para seu canto. Kunji vai para um quarto no térreo e Trunks sobe para o andar de cima.

***

Após algo que durou cerca de mais 10 minutos, Muelbo finalmente chega no lugar combinado. Ele estava na frente da taverna, quando lembrou-se que a elfa tinha marcado nos fundos, que era por onde ela iria sair. Dando a volta no lugar, Muelbo não encontra a elfa à primeira vista, mas entrando mais no beco, ele percebe a cena terrível à sua frente. A elfa estava caída no chão. Ela tinha as roupas rasgadas e sangrava tanto no rosto, onde foi brutalmente espancada, quanto por entre suas pernas, sinal de um estupro violento.

Imediatamente, o coração de Muelbo dispara de medo e revolta.

((Peguei status de fúria ?))
Muelbo desesperado pega se aproxima dela , passa a mão no rosto dela e a pergunta:
-Quem fez isso com você ? - Diz Muelbo gaguejando

"A culpa disso é toda minha ! , se eu não tivesse demorado tanto"

Muelbo enquanto tenta falar com a menina , lembra de Trunks que tinha muito interesse nela , então ele suspira com muita raíva.

-Isso não vai ficar assim , eu prometo.

Muelbo acha forças para segurar a elfa-do-mar, e apoia Isadora em cima dela.

-Isadora , dê forças a ela
((Não sei se consigo carregar , se não , você ignora todas as ações de agora))

Muelbo corre , mas não com muita velocidade porque ele sente muito peso em seguras as duas , ele tenta achar um medico ou uma emergência para tratar da garota , enquanto ele tivesse tempo para se vingar.

-Hoje , alguem morre , e não é você - Diz Muelbo com muita raíva

A elfa encontrava-se desmaiada, sem possibilidades de se comunicar. Muelbo acaba de sair para fora do beco carregando a elfa, quando é surpreendido do lado de fora por cinco marujos truculentos e 1 capitão de navio, de vestes negras e chapéu preto.

O primeiro a perceber você é um dos marujos que imediatamente saca o sabre e grita pelos outros.

- Capitão Hardman! Veja!

O capitão pára e olha a cena, dando um aceno para os outros.

- Muito bem rapaz ... deixa a moça no chão sem maiores danos a ela e eu vou deixar você viver.

Hardman não se envolvia muito nos crimes da cidade. Ele sempre fez vista grossa a assaltos e assassinatos, mas estupro era algo que mexia com ele. Afinal, ele já teve uma mãe ... e tinha uma filha.

Os marujos já estavam todos armados com seus sabres, prontos para lutar. O próprio capitão estava com sua mão repousada na coronha da pistola. Agora era a decisão de Muelbo. Arriscar-se loucamente contra o pirata mais temido de todos os mares, ou seguir as orientações do mesmo.

(( Se não foi possível entender, eles pensam que foi você. ))

Muelbo estava com muita raiva , mais é claro que ele não era louco, muito menos suicida.

-Meu senhor , me ajude , ela é minha prima , encontrei ela no chão , alguem fez isso com ela.

-Eu sei quem foi ! por favor leve ela até o hospital , para que eu possa me vingar desse ordinário - diz Muelbo

Muelbo encosta a elfa-do-mar no chão , e não ergue Isadora, ele apenas fica segurando a espada no colo.

- Primo é? E por que não disse antes? Sabe ... eu nunca vi sua cara por aqui, mas conheço Selena há um tempão. Então 'amigo', não me venha com essa de 'primo' pra cima de mim. E é melhor você guardar essa sua lábia escorregadia para os trouxas. Esse lobo do mar aqui também já foi das ruas. Homens, prendam-no. Ele servirá de exemplo para a cidade. Vamos fazer uma espécie de julgamento, para que não digam que Capitão Hardman nunca exerce a lei.

Os marujos começaram a se mover para prender Muelbo. Um deles carregava algemas. E novamente Muelbo se via confrontado com duas escolhas: deixar-se prender e enfrentar o julgamento, ou então tentar a sorte na lâmina contra 5 marujos e um capitão-velho-lobo-do-mar-armado-com-pistola.

-Eieiei ! , tudo bem , mas , porque não vamos esperar ela acordar , se ela dizer que fui eu , eu dou minha cabeça - Diz Muelbo indo para trás

-Bom , eu realmente conheço o cara que fez isso com ela , e não fui eu , eu sou propriedade de Minus Thon

Muelbo quando ver o marujo se aproximar , fica com mais raiva e começa a suar frio.

- Não crie mais problemas para você garoto. Somos seis aqui. E eu não tenho a noite toda para esperar Selena acordar. Tenho mais o que fazer.

Dizia o capitão, agora com a pistola fora do coldre. O marujo que tinha as algemas adiantou-se e pegou as algemas com a mão esquerda, esperando que Muelbo botasse as mãos para trás.

(( O marujo das algemas está com o sabre na mão direita e as algemas na mão esquerda e se encontra atrás de Muelbo. ))

Muelbo abaixa as duas mãos e deixa ser algemado , não apresenta nenhum sinal de reação e diz para o capitão:

-Faça o que você quiser.

"Muelbo sabia que ia se ferrar alí , mas como ele não tinha escolhas , era o que ele podia fazer"

-Eu só tenho um pedido , não quebre a espada.

- Muito bem ... levem-no pra cela. Amanhã faremos o julgamento público.

Disse o capitão ao marujo que já algemava Muelbo.

- E levem Selena para o templo de Lena. As clérigas lá vão saber o que fazer.

Assim que os marujos pegaram Selena, o capitão tomou Isadora em suas mãos e admirou a espada. Olhou então para Muelbo e sorriu, sem dizer nada. Apenas virou-se e continuou andando, com a espada nas mãos.

Três marujos levaram Muelbo para a cela. A noite ia ser longa ... mas a manhã reservava novidades quentes!

***

O capitão Hardman anunciou para a cidade inteira o julgamento que iria promover. Seria aberto ao público para quem quisesse participar. Os motivos foram apresentados. Restava saber se Muelbo era mesmo culpado, e qual seria sua punição.

O tribunal era a praça pública. Muelbo encontrava-se amarrado a um pau-a-pique, desses utilizados por escravistas para castigar os escravos. Numa área separada estava o Capitão Hardman e seus marujos. O lugar estava apinhado de gente, curiosos e revoltosos. Selena parecia ser muito querida na cidade toda.

- Silêncio! Vamos começar agora. Fatos: Este homem foi encontrado carregando Selena em condições terríveis, vítima de um estupro. Isso me leva a crer que foi ele quem estuprou e espancou a vítima. Mas ... conversando na cidade, encontrei algumas pessoas dispostas a dar seus depoimentos. Que entre a primeira testemunhas ...