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Alguns anos após a queda de Muelbo, algo parecia mudar nas terras dos minotauros. Tapista gozava de uma disposição para a guerra nunca antes vista. Os minotauros pareciam preparar-se silenciosamente para algo grande, muito grande. Estavam mais ousados e mais determinados. Conseguiam suas escravas até mesmo fora de suas terras, coisa que não costumava ser bem vista pelo resto do Reinado.

Contudo, da mesma forma que cresce o poder dos minotauros, crescem também os seus opositores. Aqueles que gostariam de ver o reinado livre da escravidão imposta pelos homens-touro. A única desvantagem é que os opositores estão desorganizados, e desconhecem a face um do outro.


Thamylie cavalgava ao lado de Faarn. Os dois cavalgavam fora das estradas, graças à experiência de Faarn com as estrelas. Seguir estradas era não apenas perigoso, mas também perturbador. Por mais tempo que Thamylie e Faarn tivesse passado em Tapista, compreender os labirintos estava além da compreensão de suas mentes. Evitar as estradas não só livrava os viajantes do encontro indesejado com os minotauros, como também garantia uma viagem certa, guiada pelas estrelas que Faarn tanto conhecia.

- Devemos apressar o passo. Está ficando tarde.

Disse Faarn, olhando para o sol que se deitava no horizonte. O elmo ainda reluzindo alguns dos raios dourados do crepúsculo.

- Não que você tenha problemas para ver no escuro, claro.

Ele completou, aliviando um pouco a tensão.

Aquela viagem já estava duranto cinco dias. Ambos os guerreiros deveriam estar cansados. Seus cavalos certamente que estariam bem cansados! Viajavam em busca de uma esperança: a única cidade de Tapista que permanecia fora do controle dos minotauros. Eles cavalgavam em direção a Foz.

((Não querendo causar flame de inicio mas todo personagem nascido em Tapista conheçe seus labirintos não é mesmo ?))

Depois da batalha sangrenta em Bazeck, os olhos de Thamylie já estavam cansados de chorar, dentro do elmo e sem barulho para que Faarn não pudesse ver. O mais perturbador não era as estradas labirínticas que as vezes confundiam suas mentes, mesmo passando por ali uma ou duas vezes, o que era realmente perturbador era saber se seus amigos ainda estavam vivos ou se já estavam mortos e se Ragnar estava de fato, vivo.

-Se tem alguma unidade que conseguiu fugir do massacre em Bazeck, está em Foz, aposto que Graveth, Oguh, Harlaus e talvez até o próprio Raddoun estejam em Foz, com 1/3 de nossas tropas esperando os seus cavaleiros se reunirem novamente.

Thamylie encontrava-se cheia de esperança , ou não queria aceitar que mais que a metade da Oposição foi dizimada em batalha.

Faarn não respondeu. Suas esperanças não eram tão grandes quanto as de Thamylie. Pelo que ele vira do combate, parecia que todos haviam sido exterminados. O que ele pretendia buscar em Foz eram novos aliados na luta contra os minotauros.

- Vamos mais rápido então ...

Disse ele, batendo com os calcanhares na barriga do cavalo, incitando o animal a correr mais depressa.

Thamylie incita o cavalo a correr com alguns tapinhas em sua traseira.

-Só não pudemos fazer muito barulho!

Thamylie foi acompanhando o ritmo de Faarn. Thamylie não gostava muito de ir a Foz mas era a única forma de saber se algum cavaleiro ainda estava vivo.

Faltava pouco para chegar a Foz. A cidade já podia ser avistada ao longe, graças à visão privilegiada dos cavaleiros. Contudo, Faarn levantou a mão para o alto e parou imediatamente seu cavalo, fato que foi imitado pelo cavalo de Thamylie. Havia algo errado.

- Tem algo de errado à frente ...

O caminho parecia normal. Algumas árvores e arbustos, algumas pedras, nada que a visão de Thamylie pudesse denunciar.

Thamylie rápidamente vigia todos os lados , inclusive as suas costas aonde ficava mais vunerável, olhava bem para os arbustos e pedras, depois de um rápido jogo de visão ela pergunta:

-O que foi agora...?

Faarn balançava a cabeça para frente de modo estranho, como se acenasse.

- Sinto cheiro de ... cães molhados.

Disse ele, sem conseguir visualizar anda. Thamylie também não vira nada à sua frente, tampouco às costas. O caminho que eles faziam parecia tranquilo, mas os cavalos começavam a demonstrar alguma inquietação. E aquele silêncio perturbador parecia devorar a coragem dos viajantes. Se havia realmente algo à frente, estava muito bem escondido. E minotauros não eram tão bons assim para esconder as coisas.

Thamylie sem mostrar preocupação desamarra o elmo que está preso no cavalo e coloca em sua cabeça com um sorriso nos labios.

-Seja o que for não importa , se for minotauros , menos de nove nos damos conta.

Thamylie continua olhando para todos os lados forçando a visão para ver se acaba vendo alguma coisa.

Thamylie continua tocando seu cavalo para frente, apesar da resistência do animal. Faarn não se move, ainda observando, consternado.

- Thamylie ... eu não acho que ...

Então, de repente, o chão abaixo do cavalo de Thamylie começou a ceder. As patas dianteiras do animal começaram a afundar na armadilha enquanto este lutava para voltar com as patas de trás, mas sem o apoio dianteiro a tarefa parecia impossível. Então, como que surgindo do chão, muitos seres hominídeos começaram a cercar os viajantes. Eram ...

- Gnolls!

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(("Thamylie continua tocando seu cavalo para frente, apesar da resistência do animal. Faarn não se move, ainda observando, consternado." Acho que movimentos quem faz sou eu.. e eu não escrevi nada como andar no outro post...))

Thamylie se surpreende com a armadilha mas tenta manter a calma e negociar com os Gnolls, ela conhecia um pouco sobre a especie.
Thamylie puxa as duas espadas que está no seu cavalo e a aponta uma para cada lado:

-Eu não tenho nada para lhe ofereçer , nenhuma comida , nenhum direito , somente a morte.

Thamylie então pula do seu cavalo em cima de um dos Gnoll decepando duas partes do seu corpo...

Ataque Especial + Patriota
F:1(+1) H:2(+2)FA+2

...- Ou a rendição.

Thamylie tentava deixar bem claro que ela e seu amigo era superior aos Gnoll para que se rendessem.

O membro 'Countz' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 2

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#2 'd6' :

#2 Resultado : 1

(( Minhas sinceras desculpas. Me equivoquei na parte que diz "Thamylie continua olhando para todos os lados", eu entendi como se ela continuasse a viagem, mas olhando para todos os lados. ))

Sem que nenhum gnoll pudesse esperar por tremenda reação, Thamylie pula de seu cavalo para cima de um dos gnolls. A destreza que demonstrou com as espadas foi imensa. As lâminas cortaram o ar zunindo em perfeito movimento síncrono. O sorriso do gnoll só cessou quando seu corpo veio ao chão, ensanguentado, sem um braço e sem uma perna. Um ganido de dor jorrou junto com o sangue que não tardou a banhar a terra.

Faarn aproveitou-se da situação e, pomposamente, falou em voz alta.

- Muito bem, minha discípula! Vejo que está aprendendo bem. Mais alguns anos e será tão boa quanto eu.

Thamylie havia mostrado que era boa. Mas o medo do conhecido é apenas pálida sombra se comparado ao medo do desconhecido. Faarn não mostrara nada ainda, mas nenhum gnoll ousaria provocar a descoberta da verdade. Rapidamente, os homens-hiena jogaram suas lanças ao chão e se ajoelharam.

- Nós aceitamos a oferta de rendição. Estamos em dívida de vida para com vocês.

Falou um deles, o mais forte de todos, com a familiar voz esganiçada dos gnolls, parecendo hienas em seu riso medonho. Faarn, em seu mesmo tom altivo de antes, retornou para Thamylie.

- Como prêmio, é sua decisão escolher o que fazer com eles.

(( Gnoll1 perde 6 PVs. Seria 7, mas como o ataque teve propósito específico, foi penalizado em 1 ponto. ))

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Gnolls1: F2, Hl, R2, Al, PdFl - PV: 4/10 PM: 10/10
Gnolls2: F2, Hl, R2, Al, PdFl - PV: 10/10 PM: 10/10
Gnolls3: F2, Hl, R2, Al, PdFl - PV: 10/10 PM: 10/10
Gnolls4: F2, Hl, R2, Al, PdFl - PV: 10/10 PM: 10/10
Gnolls5: F2, H2, R2, Al, PdFl - PV: 10/10 PM: 10/10
Gnolls6: F2, H2, R2, Al, PdFl - PV: 10/10 PM: 10/10
Gnolls7: F2, H3, R2, Al, PdF2 - PV: 10/10 PM: 10/10

Thamylie teve seu objetivo completo, ela sabia que os Gnolls iam ser render com medo, eles poderiam servir de grande ajuda , não agora , porém mais adiante.

-A ordem é simples , vocês irão fazer parte do meu exercito , sendo meus guerreiros , irei amá-los como irmão, respeitalos como grande guerreiros , irei protegê-los se estiverem em perigo , irei treiná-lo quando estivermos em tempo de paz , e irei alimenta-los quando estiverem com fome, porém ha uma coisa , se me traírem não vou descansar até morrerem.

Thamylie persiste no assunto , tentando fazer com que os Gnolls se sentissem importante.

-Não demonstre medo diante de seus INIMIGOS, Seja bravo e justo para que EU POSSA AMA-LO Diga sempre a verdade mesmo que isto o LEVE A MORTE Proteja os mais fracos! Levantem-se guerreiros da oposição!

Thamylie recitou o mesmo juramento que foi recitado a ela, agora estava concretizado, ela estava tentando manipular os Gnoll

De início, todo o discurso de Thamylie parecia bom para os gnolls. Ela falava a mesma língua deles. Contudo, tudo mudou quando ela começou a sugerir reações contrárias a própria espécie. Medo era algo que pertinente aos gnolls. Morrer por uma causa nada tinha de honrado. Viver, sim, era honroso. E se os gnolls encontrassem alguém que vencesse Thamylie, eles certamente se voltariam para o novo líder. Contudo, por hora, aquela líder suicida bastaria.

- Certamente, senhora. Se possível providenciar cura para o nosso irmão ferido, seria muito bem vindo.

Disse aquele que parecia ser o antigo líder do grupo, e que ainda se comportava como porta-voz do grupo inteiro.

Thamylie só viu que estava fazendo errado quando olhou para os olhos do Gnoll, e lembrou das suas reações.

Tentarei salvar seu irmão como eu puder meu bravo guerreiro , iremos para Foz , procurar medicina.
-Por favor , carreguem ele para min – diz Thamylie apontando para dois Gnolls

Thamylie montou no cavalo, limpou as duas espadas e colocou na bainha, como já tinham interesse em ir a Foz ver se encontravam unidades da Oposição , aproveitavam para salvar o Gnoll , porém o interesse de Thamylie era que ele morresse no caminho.

Um dos gnolls se prontificou a pegar o irmão ferido, enquanto o outro pegou suas partes. Ágeis como só eles, os gnolls conseguiram manter uma velocidade bem boa. Não era a máxima velocidade do cavalo, mas ainda assim era boa, superior à dos humanos e dos minotauros.

Em questão de três horas de viagem, o grupo chegou em Foz. O gnoll moribundo já estava nas últimas, mas ainda estava vivo. Contudo, a chegada daqueles dois cavaleiros junto com um bando de 10 gnolls trouxe também alvoroço à cidade. O grupo foi logo abordado pela milícia da cidade, armados com sabres e alguns com armas de pólvora.

- Alto lá! Quem são vocês e o que querem em Foz?

Thamylie parou e fez sinal para que todos parecem.

-Somos como todo os outros grupo de mercenários, estamos aqui para recrutar mercenários para o nosso bando e curar nosso amigo ferido.
-Não precisa se preocupar conosco, e uma pergunta , vocês viram outros cavaleiros por aqui?

Thamylie deu espaço para Faarn falar , mas ela queria tirar logo a essa dúvida.

Faarn não falava. Apenas observava. A milícia de Foz hesitou por um instante, mas depois cedeu.

- Muito bem. Se os gnolls não estão com os minotauros, mas com vocês, então podem ficar. Sigam para o templo de Oceano. Os clérigos de lá podem fazer o serviço necessário, pelo preço certo. E não se metam em encrencas. Tapista está buscando por um motivo para invadir nossa cidade. E o Capitão Hardman está lutando contra isso.

Dito isto, a pouca milícia da cidade se dissipou novamente.

- Então, sigamos para o templo de Oceano - falou Faarn por último.

-Certo...

Thamylie adentrava Foz em direção ao Templo sempre olhando para todos os lados para ver se alguma infantaria da oposição ou cavaleiro estava por lá!

No caminho, Faarn fez apenas um comentário.

- Reparou que o soldado lá atrás ignorou totalmente a sua pergunta sobre os cavaleiros?

Aquilo não chegava a ser o maior mistério de Arton, mas de fato, por que o bucaneiro simplesmente não deu uma resposta 'sim' ou 'não'?

Em questão de 5 minutos o grupo estava aos degraus da bela construção que servia como lar sagrado para os clérigos de Oceano. A construção ficava metade em terra firme e metade adentrando o rio. E diferentemente da maioria dos templos, os degraus da escada não subiam, e sim desciam. Não demorou muito para aparecer um membro da ordem e se adiantar para o grupo. Era um elfo do mar, quase nu, vestindo apeans uma tanguinha cinza para cobrir seus órgãos sexuais. Ele se aidantou com uma leve reverência e falou com a voz de sabedoria.

- Boa tarde, em que posso ajudá-los, além do ferido?

Nada , peço-lhe apenas que cure-o

Thamylie ignora a mulher e os gnolls por alguns segundos e pensa sobre o comentário de Faarn..., Thamylie se aproxima bem de Faarn e lhe diz perto do ouvido.

-Se eu fosse deduzir alguma coisa..., Foz não quer ser invadida por minotauros e o primeiro passo para essa invasão é abrigar os cavaleiros da oposição, acho que esses bucaneiros sequestraram nossos amigos!

(( Mulher? Que mulher? E Thamylie está com ou sem elmo? ))

O elfo do mar se aproxima faz um sinal e alguns adeptos de Oceano adiantam-se para pegar o ferido e suas partes. Com alguma sorte, ele poderia ser completamente curado. Então, o elfo se aproxima de Thamylie e fala novamente.

- Desculpe-me, senhora. Mas receio que a cura de seu amigo vá requerer uma modesta contribuição de 50 tibares para a causa de Oceano.

Sim, ele estava cobrando pela cura. Diferentemente de Lena, Oceano não tinha nenhuma obrigação para com a cura. Eles faziam o serviço mediante pagamento.

Faarn nada disse sobre os cavaleiros, pois esperava estar a sós com Thamylie.

- Vamos apenas conseguir um lugar para ficar por esta noite. Já está tarde e eu estou pregado. Preciso de um bom banho e de uma boa cama, ou vou criar calos em lugares não desejáveis.

((Sem elmo))

- Tudo bem , bom , está aqui 50 Tibares.

Thamylie retira os 50 tibares de uma bolsa e os coloca na mão do Elfo-Do-Mar.
Thamylie estava muito confusa e dispersa com o assunto dos cavaleiros ela apontou para as escadas e disse para os Gnolls:

Amigos , sentem-se aí que vou ter uma palavrinha com o meu mestre.

Thamylie foi cavalgando e puxando o cavalo de Faarn pela corda, por uns 5m de distancia do templo, ainda vigiando os Gnolls com os olhos ela sussurrou:

- Os Cavaleiros podem está em perigo... tchi... se o que estou pensando for verdade seremos os próximos !
- O que você tem em mente Faarn ? Está parecendo que não está preocupado com os Cavaleiros.

O elfo-do-mar aceitou as moedas e sorriu, fazendo nova reverência e afastando-se para dentro do templo. Os gnolls obedeceram a ordem de descançar de pronto, e não ficaram olhando para a sua mestra. Apenas ficaram conversando entre si, com risadas debochadas e agudas aqui e alí.

Faarn deixou-se levar por Thamylie e escutou o que preocupava a mente da garota.

- Entendo seus sentimentos, mas acho que não é esta a questão. Se era para sermos pegos, não haveria oportunidade melhor que a nossa chegada na cidade, carregando um ferido. Acredito apenas que Foz não queira se meter diretamente nos assuntos. Não se esqueça de que podem existir espiões de Tapista nesta cidade, e o pessoal daqui também sabe disso. Quanto menos se fala no assunto, menos o inimigo fica sabendo.

Faarn fez uma breve pausa, respirando fundo, e então completou.

- E eu realmente queria tomar um banho. Estou doido para retirar este elmo. O suor está empapando meus pelos.

Thamylie ficou irritada com o comentário de Faarn, ela foi bem perto do elmo aonde localizava o orelha do kemono e disse:

-Argh..., eu não entendo você, parece que não se importa, eles precisam da gente reunidos novamente, você sabe disso, e eu teu pai também sabia...

Jarl Gundur deu a vida nas batalhas em bazeck para que os cavaleiros pudessem fugir, Thamylie estava tentando mecher com o Faarn para ele se empenhar mais na busca pelos cavaleiros.
Thamylie foi cavalgando lentamente na direção dos Gnolls

-Iremos passar a noite na cidade, amanhã vai ser muito movimento, então descansem....