Caminhos

Faarn balançou a cabeça negativamente. A garota havia ido longe demais para o seu gosto. Ele sabia que ela ainda era imatura para os elfos, mas o que ele via na frente dos olhos dele era uma mulher elfa de corpo bem feito e que brandia uma espada feito ninguém! Ele não conseguia colocar na cabeça que ela ainda era uma criança. Era muito difícil acreditar nisso, ou pelo menos lembrar disso o tempo inteiro.

Os gnolls levantaram a cabeça e levantaram-se das escadas.

- E onde vamos passar a noite?

-Não sei , talvez no templo ou em algum lugar mais barato, preciso ter dinheiro para pagar um rastreador.

Thamylie foi de encontro a Faarn novamente:

-Não conheço muito Foz, aonde pretende passar a noite ?

- Eu sei lá. Conheço Foz tanto quanto você.

Disse Faarn, realmente perdido naquela questão. A noite já ia longe. Deveria ser umas oito horas. Os lampiões nas ruas eram a única fonte de luz. O chefe dos gnolls se aproximou de Thamylie e fez uma breve reverência.

- Rastreador você disse. Rastreador nós somos. Não precisa de outro.

- Ótimo , se fizerem um bom trabalho, eu vou lhe remunerar muito bem!
- Bom , como nimguém sabe aonde podemos dormir , vou ver quanto custa aqui no templo...

Thamylie desmontou do cavalo e deu a corda para Faarn segurar enquanto ela subia as escadas do templo e batendo palmas

- Alguem pode vir aqui, por favor ?

(( Subia as escadas? Descia, né? Esse templo era diferente. Ele descia em direção ao mar. ))

Pouco tempo após Thamylie bater as palmas, uma jovem aproximou-se da cavaleira, trajando roupas leves e brancas. Tinha o cabelo loiro, os olhos azuis e a pele num tom de bronzeado alto. O contraste era estonteante.

- Pois não, em que o templo do Grande Oceano pode ajudá-los? - ela perguntou, numa voz doce e suave.

((É! , foi mal..))
Thamylie reparou na mulher esbelta e dourada.

- Nos precisamos de um lugar barato para ficar, não sei como o templo funciona, quanto nos devemos pagar para passar a noite aqui hoje, esperando nosso amigo ser curado ? - Pergunta Thamylie com a mão no queixo.

A mulher não mudou seu jeito de agir e de falar, mas a resposta não agradaria a Thamylie.

- Não sei que tipo de conceito você tem a respeito do templo do Grande Oceano, mas este lugar sagrado não é nenhum tipo de estalagem barata. Se quiser um lugar para passar a noite, sugiro as tavernas da cidade, talvez a estalagem do Perna de Pau, ou mesmo a praça. Se for esse o caso, orarei para que nenhum mal lhes ocorra.

E, apesar do tom doce da moça, ela mostrara que suas palavras poderiam ser bem ácidas.

-Tudo bem, senhora, passaremos amanhã para pegar o Gnoll.

Thamylie se virou ao grupo e disse:
-Nós devemos ir, não podemos passar a noite na rua, vamos para a taverna mais próxima.

Thamylie toma a frente e vai cavalgando lentamente e olhando para o chão sem caminho.

Já estava tarde para ficar na rua, mas não era tarde para ficar dentro de uma taverna. Não foi difícil encontrar uma na cidade. Bastou seguir o barulho generalizado das conversas dos fregueses, dos jogos de mesa, dos gritos e das risadas dos bêbados. Até mesmo uma música de um ou outro bardo.

Em questão de 10 minutos, Thamylie e seu bando chegaram à estalagem do Perna de Pau. Havia uma placa pendurada no telhado com o símbolo do nome da taverna. Não era nada chique, mas também não parecia ser a mais barata do lugar.

Dentro da Taverna (caso Thamylie entre):

Thamylie olha para Faarn com uma cara de espanto e diz:

- E onde ficarão os cavalos? não quero deixa-los aqui fora, com certeza serão roubados, alias, estamos em Foz.

Faarn olha de volta para Thamylie e responde o óbvio.

- Estábulos. Os gnolls podem tomar conta enquanto nós entramos na taverna e perguntamos onde tem estábulos confiáveis para passar a noite.

-É um boa prova de lealdade, mas eu tomarei conta dos cavalos, não vou me sentir bem aí dentro, não é um lugar para uma mulher, e...eu vou esperar aqui fora.

Thamylie já havia entrando em outras tavernas, mas ela não queria deixar o seu cavalo com os Gnolls do lado de fora, e então, inventou uma desculpa para Faarn.

Faarn olhou para Thamylie com cara de quem não se convenceu, mas não quis prolongar aquela discussão.

- Muito bem ... eu vou. Mas saiba que eu também não me sinto nem um pouco confortável no meio de multidões.

Disse ele, entrando na taverna.

Os gnolls apenas esperavam pelo retorno do líder, sem nada fazer.

***

Em menos de cinco minutos, Faarn estava de volta. Ele olhou para o bando de gnolls e fez um aceno, e então falou.

- Meus amigos, foi bom vocês servirem a nós até aqui, mas já chega. Já provaram sua lealdade e agora estão dispensados. Podem voltar a cuidar de suas vidas. Apenas não nos ataquem mais, nunca mais.

Os gnolls ficaram por dois segundos atônitos, sem saber se aquilo era sério ou se era brincadeira, e então sorriram e começaram a caminhar em direção ao templo. Não iriam partir sem o companheiro deles.

E antes que Thamylie trucidasse Faarn por dispensar a tropa, ele cochichou para ela.

- Custa 50 tibares ... por pessoa e por cavalo.

Thamylie ficou furiosa, ela não conseguia entender a ação de Faarn:

-Ei , porque os dispensou, nós tinhamos 8 rastreadores de graça, poderiamos encontrar metade dos cavaleiros!

Faarn olhou para ela sem responder nada por um momento. Será que ela não tinha entendido?

- Thamylie ... os rastreadores não eram 'de graça'. Custaria, só hoje, 50 tibares cada um para dormir. Ou você pensava em botar eles para dormir na rua? Não acho que a lealdade deles iria longe assim ...

Faarn não tinha todos os conhecimentos que Thamylie tinha sobre essas criaturas.

-Gnolls não precisam de luxo, eles dormem aonde for... você acabou de dispensar a única chance de achar alguns cavaleiros...

-Aiiih.. isso não importa mais, eu só quero dormir agora, estou cansada.

Faarn não respondeu. Sabia que não era a última chance de achar os cavaleiros, mas era uma boa chance, e ele havia desperdiçado.

Os dois finalmente entraram na taverna e dirigiram-se ao balcão. Foram, discretos, recebendo poucos olhares, e seguiram direto para os quartos, cada um no seu. Os cavalos já estavam sob cuidados nos estábulos. O preço total por aquela noite? 200 tibares, a ser divididos entre os dois cavaleiros.

***

A noite passou tranquila, e logo os viajantes foram acordados pelo toque quente do sol entrando por suas janelas. Faarn tratou logo de se vestir e cobrir sua condição inumana. Saiu do quarto e desceu para comer. Ao menos o desjejum era cortesia da casa. Algumas frutas, pães e um cheiroso café. Nada mal depois de alguns dias no lombo de um cavalo. Ele sentia-se revigorado.

Thamylie não acordou de bom-humor, recordando a noite passada, a vontade era de dar um belo cascudo em Faarn, mas como ela não queria problemas com Faarn por ter medo de ficar sozinha e ter mais um cavaleiro perdido, resolveu nem tocar no assunto.

Thamylie levantou e resolveu deixar a armadura e o elmo de lado um pouco, pegou de sua bolsa um velho vestido verde que usava nos vilarejos da oposição e resolveu usa-lo por essa manhã, mostrando seu belo corpo élfico, tirou as tranças e liberou o verdadeiro comprimento do seu cabelo, lavou o rosto e então desceu para tomar café, ainda descalça.

***

Thamylie sentou-se perto de Faarn, esperava que demanhã não tivesse ninguém na taverna além do taverneiro, logo foi comendo os pães e tomando o café, estava cansada de comer frutas da floresta.

Faarn olhou para Thamylie através do elmo e ficou surpreso de vê-la sem as roupas de cavaleiro. Não foi só Faarn que reparou na mulher. O Taverneiro e outros clientes que dormiram na estalagem também notaram a presença dela. Não só a presença, mas a beleza física da elfa. Apesar de ainda ser uma criança, ela já tinha o corpo de mulher adulta. Essa era a bênção e maldição dos elfos. Se criada entre os seus, ela seria respeitada como criança que era. Teria sua infância tranquila e cheia de brincadeiras. Contudo, Thamylie crescia entre humanos ... e pior: minotauros!

- Hey hey hey ... o que temos aqui?

Perguntou um dos clientes, um corsário calvo e de barba estilo mosqueteiro. Seu olho de águia examinava Thamylie de cima a baixo, quase penetrando o vestido da elfa.

- Não é sempre que vejo uma beldade por aqui ...

- Ela está comigo. - interrompeu-o Faarn, virando seu rosto escondido pelo elmo para o corsário. - Afaste-se.

- Calma amigo ... quero apenas demonstrar minha amizade. - ele fez uma breve reverência e fez menção de beijar a mão de Thamylie - Milade.

O rosto da jovem elfa ficou todo vermelho com a vinda do corsário, ela deu-lhe a mão para beijar e ficou lisonjeada, realmente a jovem se transformava quando colocava a armadura e o elmo, parecia ser outra pessoa e escondia a beleza de uma jovem elfa.
Thamylie ficou um pouco timida e espantada com todos a sua volta a olhando, com olhares sedentos e estranhos, então comeu tudo rápido e subiu para seu quarto para se trocar.

-Vou em cima para me trocar, temos muito o que procurar hoje. - diz Thamylie sussurando e subindo as escadas.

((Corujinha, o pc ficou bom, e como a Thamylie tirou um belo descanso, acho que sua PM pode voltar para 5 não é ? ))

(( Certamente ... eu sempre esqueço de mudar. Normalmente, eu só lembro que o personagem se recuperou quando ele vai perder pontos de novo XD Daí eu renovo ele para então tirar os pontos. ))

O corsário não se manteve muito longe da mesa. Observava a menina comendo rápido, como se quisesse sair logo dali. Faarn, por sua vez, parecia não ter pressa. Quando Thamylie levantou-se ele apenas acenou com a cabeça e continuou comendo. Apesar de tudo, Thamylie sabia se virar. Era uma lutadora tão boa quanto o próprio Faarn.

Maldito elmo ... que não permitiu ver o corsário esgueirando-se atrás de Thamylie. Ele era furtivo e silencioso. Seguia Thamylie enquanto a elfa caminhava para seu quarto.

(( Teste de furtividade: Dado 1: Furtividade do corsário. Dado 2: Atenção de Thamylie. ))

O membro 'Coruja' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 3

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#2 'd6' :

#2 Resultado : 4

Apesar da cautela do corsário, em algum momento seu pé tocou uma tábua falha do assoalho e a madeira rangiu atrás de Thamylie, despertando sua atenção para o homem que claramente a seguia.

Thamylie sorriu, para o homem, um sorriso de espanto e desespero, mas manteve a pose, e foi andando um pouco mais de pressa para seu quarto, esperando que o homem a seguisse, pobre corsário, mal sabia que Thamylie não era simplesmente uma bela elfa, depois de entrar no seu quarto, Thamylie voa em cima da sua armadura e desembainha sua espada, esperando que o corsário apareça na porta do quarto e quando aparecesse, tenta cortar seu pescoço.

((Ataque Especial e espero que conte Alvo Surpresa))

O membro 'Countz' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 1

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#2 'd6' :

#2 Resultado : 2