O Cálice das Fadas

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- Senhor Varrus! - exclamou um homem às costas do guerreiro. - Preciso lhe falar.

Ao se virar, Varrus viu quem era que lhe chamava. Era Eniaos, um elfo guerreiro que havia lutado ao lado de Varrus. Ele estava junto com Liqui, uma elfa, também guerreira, a qual tomara por esposa assim que se estabeleceram naquele vilarejo. Hoje, já quase 1 ano depois da fuga, Liqui carregava no ventre um pequenino e indefeso bebê elfo.

- As plantações estão boas, mas precisamos de gado. As vacas leiteiras não são o bastante para todos nós. Alguém precisa ir até capital comprar algumas. - Desde o início, Varrus fora adotado como líder, e a seguir como chefe do vilarejo. Não que ele pudesse dar ordens, mas sim que ele fosse um administrador do lugar. Ao fim de um ano, batalhas eram apenas uma memória, boa ou ruim, no coração de todos.

Varrus já havia feito algumas viagens a Malpetrim antes, todas com o mesmo propósito de comprar alguma coisa que estivesse faltando para o vilarejo. O problema é que o ouro estava acabando, mesmo! Eles ainda não produziam o suficiente para vender, e como só compravam, o estoque ia esvaziando a cada dia, e no fim de um ano, tinha praticamente esgotado.

Grupo de fugitivos:

(( Curti muito o post, só me explica o seguinte, o que significa FT, IN e AL CN ? e quem é Amon ?))

Varrus estava se mantendo bem com o vilarejo, após esse ano, ele aprendeu muito como administrar e lhe dar com os problemas.

Ele estava ali, sozinho, sentado, próximo a uma árvore, repousando e refletindo como de costume naquelas tardes, quando seu olho bateu de leve em seu bracelete, aquele que todos os fugitivos eram obrigados a usar, pois escondia a marca do nome Agron, a nobre família de minotauros, marcado a ferro quente, de uma forma que não podia se apagar, os fugitivos já não estavam mais em solo minotauro, mas Varrus preferia não arriscar e sempre deixar tapado as suas marcas de escravo.

Varrus ouviu seu nome ser chamado, olhou para trás, então se levantou, sorriu levemente ao ver quem se aproximava, se se encostou à árvore e cruzou os braços enquanto ouvia Eniaus falar.
-Hum, certo, devo ir a cidade, e trarei mais uma vaca... só me dê mais um ou dois dias, preciso de um pouco de tempo...
-Até lá, vamos economizar no leite e dar para quem mais necessita. – Disse Varrus, olhando para a barriga da elfa.
-Bom..., Eanius, você pode reunir todos ? tenho algumas palavras a dizer, antes de anoitecer.

Varrus, Eanius e Liqui, foram caminhando até a área das pequenas barracas e casas improvisadas.

(( Amon foi um erro. É Varrus. Ft = feet = pés. In = inches = polegadas. Al = aligment = alinhamento. CN = chaotic neutral = caótico neutro. Os alinhamentos pertencem ao D&D, e não são usados no MB. Eu postei lá apenas para me ajudar a orientar os NPCs numa linha de conduta. Varrus não precisa dessa definição. Agora, eu preciso que você me responda algumas coisas. Primeiro, você vai querer fazer os seus lançamentos de dados, ou prefere que eu lance os dados e coloque pra você apenas a interpretação? Segundo, veja uma foto para o seu personagem ^_^ ))

Eniaos (não Eanius) coçou a cabeça enquanto os três caminhavam.

- Reunir a todos será difícil antes do por do sol. Estão todos trabalhando, seja nas fazendas, seja na serraria. - O ferreiro estava desativado por falta de gente que soubesse trabalhar em metais. Precisavam de uma forja e uma bigorna, além das ferramentas. E isto era motivo para mais gastos. Todas as ferramentas metálicas, quando se estragavam, precisavam ser substituídas por ferramentas novas, todas compradas de Malpetrim. - Mas farei o possível para tê-los reunidos ao por do sol, quando regressarem, mesmo que cansados.

Eniaos não tinha mais nada a fazer ali, mas não se retirara ainda, aguardando ser dispensado ou receber mais algum tipo de requisição por parte de Varrus. Liqui já não os acompanhava. Seguira para sua casa, pois o peso da barriga já começava a incomodar.

((Podemos ficar do jeito que estávamos antes, na batalha eu mesmo rolo meus os dados, e nos testes você os rolava para min, para poupar posts;
E eu fiquei pensando, eu tenho fazendeiro, caçador, ferreiro e serralheiro ? o.O, bom, se eu estivesse em um grupo fugindo na época do nazismo como em um filme que eu vi a não muito tempo, os trabalhos seriam divididos em somente arrecadar alimentos, mas eu estou gostando, de qualquer forma, eu queria uma visão mais ampla do acampamento, tipo quem faz o que e tals...
E eu já tenho uma foto do meu personagem, é um ator do spartacus, um gladiador, posso colocar ou tem que ser de RPG ?
Meu deus, da onde eu tirei Eanius ?))

-Não tem problema, após todos terminarem o seu trabalho, os reúna, estarei em minha barraca. - Varrus caminhou mais alguns passos com Eniaos, até chegar a entrada de sua barraca.
- Bom, agora volte a fazer o seus afazeres.((Que eu não sei qual é ..))

Varrus entrou na sua barraca, seus pertences ficavam da mesma forma de sempre, espalhados, mas sempre eram achados, quando necessitado, ele procurou em todos os lugares possíveis algumas moedas de ouro, para comprar a vaca requisitada por Eniaos.

Varrus não costumava dar conforto aos fugitivos, mas se sentia na obrigação de ajudar quando possível.

((Quanto dinheiro eu tenho e quanto costuma custar a tal da vaca ?))

OFF:

- Com a sua licença. - Varrus bateu uma leve continência e saiu.

Dentro de sua casa (já eram casas de madeira e algum barro para tapar as frestas), Varrus contou o que restara do tesouro pilhado dos Agron. Seus olhos esbugalharam-se. Tão pouco. Aquilo não daria para comprar meia vaca. E, pensando melhor, a aldeia precisaria de duas ou três vacas a mais para dar sustento. Eram muitos os bebês que chegavam ao mundo. Nenhum seu. Varrus permanecera solteiro, sem nem sequer namorar ninguém. Problemas de coração à parte, Varrus teria que fazer dinheiro. O problema era: como?

Moedas:

(( Sim, eu chorei nessa cena, nossa 100 pessoas ? que responsabilidade))

Varrus ficou sentando, admirado, agora teria que correr atrás de dinheiro para manter a aldeia, se sentia responsável por ela, mas a grande questão é ... o que fazer ?
Varrus ficou imaginando inúmeras maneiras de conseguir dinheiro, sem envolver ninguém da vila, inclusive roubar, mas Varrus não queria se envolver mas em guerras e problemas, não queria mais ver sangue, ainda mais humano, se tivesse que roubar seria pelo menos de minotauros.

Varrus ficou ali, sentado, e pensando esperando ser interrompido por Eniaos com noticia de que já reuniu todos.

Varrus despertou com os toques em sua porta. Estava escuro lá fora. Dormira? Por quanto tempo? Novamente, mais batidas na porta, todas suaves.

- Sr Varrus. - Chamou uma voz feminina, doce e meiga. Pelo tom de respeito, pela doçura, e pela voz baixa, só poderia ser uma pessoa: Juliana, a sacerdotisa.

Varrus acordou assustado, mesmo que os toques na porta fossem suaves, não queria ter esperado dormindo, mas o sono o venceu.

-Só um minuto. - respondeu Varrus.

Esfregou um pouco o rosto, e trocou seu gibão, rápido o bastante para não deixar Juliana muito tempo esperando, e então abriu a porta.

- Olá , Juliana. - Disse Varras olhando para a menina.

(( Varras XD ))

Juliana era uma garota bonita, por volta dos 22 anos, com longos cabelos castanhos e olhos escuros, contrastando com sua pele clara. Sacerdotisa de Valkaria, era uma mulher acostumada a se aventurar. Teve sua vida de aventureira encerrada cedo graças à captura dos minotauros. Vivera como uma das mulheres concubinas do Lorde Agron até ser libertada por Varrus em sua insurreição. Ela trajava um vestido simples de algodão, e trazia no pescoço o símbolo de sua deusa, recuperado dos tesouros pilhados do minotauro.

- Eniaos pediu para avisar que estão todos reunidos, assim como requisitou. Devo esperá-lo ou ainda necessitará de mais algum tempo para se preparar?

((Você e suas NPCs sensual seduction...))

- Não é necessário esperar mais nada. De noite é a hora das pessoas descansarem e não quero tomar muito tempo de ninguém, vamos indo até lá, me acompanhe até a área de reunião.

Varrus e Jualiana foram caminhando, para o lugar aonde acostumavam a reunir as pessoas, ele costuma a avisar quando iria se ausentar, mesmo quando fosse por pouquíssimos dias. Varrus costumava levar alguns dos seus companheiros contigo para Malpetrim, mas dessa vez não pretendia envolver ninguém.

Varrus se deparou com a extensa massa de pessoa, subiu em um ponto mais alto e disse de uma forma suave e ao mesmo tempo bem direta e sem enrolações.

- Meus amigos, meus irmãos, eu lhes convoquei para dar uma noticia desagradável, mas antes de tudo prezo para que todos não TEMÃO, pois tenho a certeza de que tudo se ajeitará, alias, não estamos a um ano reunidos aqui nesse vilarejo por que tivemos sorte, foi porque se organizamos e lutamos, e tivemos merecimento para viver como estamos, em paz.
- A noticia em questão é, nossos cofres estão um pouco vazio e eu preciso de algumas vacas leiteiras como outros objetos para facilitar nossas vidas, amanhã partirei bem cedo para Malpetrim com a promessa de trazer as vacas e um pouco de dinheiro, mas dessa vez eu não vou envolver NINGUÉM comigo, todos os guerreiros ficarão aqui e tomarão conta do vilarejo enquanto eu estiver ausente.
- Peço demasiadas desculpas por ter tomado seu tempo, mas, não me sentirei bem se não avisasse a nossa situação está breve a mudar.

Todos estavam reunidos ao redor da fogueira central, numa meia lua. O fogo estava baixo, apenas o suficiente para fornecer alguma luminosidade. Os membros do vilarejo observaram com atenção, escutando todos os detalhes. Ao final, a comoção geral não parecia ser tão grande por parte da massa de trabalhadores. Contudo, aqueles mais próximos de Varrus logo passaram a protestar.

- Não. Não não não! Negativo. O senhor não vai sair sozinho, se arriscando. - Juliana foi a primeira a intervir. Sua voz era doce, mesmo na angústia ou aflição.
- Quer bancar o herói sozinho? Está querendo guardar as glórias só para você? - interveio Eniaos, entre sorrisos. - Mas nem morto! - Eniaos já fora várias vezes com Varrus para a cidade. Era um guerreiro em quem se podia confiar e contar. E normalmente ele contava as histórias aumentando um tantinho de nada.
- Leve ao menos um de nós, para ajudar no que quer que seja necessário, nem que seja para carregar seu corpo de volta ao vilarejo. - brincou Felonunua, uma elfa sacerdotisa de Tenebra. Alguns suspeitam que ela faça rituais com os mortos, mas nunca se provou nada.
- Por favor, senhor. Não vá só. - havia algo de especial na voz e no brilho do olho de Juliana. Curiosamente, ela nunca saíra com Varrus para nenhuma missão. Somente saíra com outros sacerdotes, para visitar os templos de Malpetrim.

(( Nossa, desculpe as CENTENAS de erros de escrita no ultimo post, eu costumo errar bastante, mas esse ultimo foi vergonhoso, foi porque escrevi rápido de um celular e o visor não consegue ver todo o post.))

Um leve sorriso brotou do rosto de Varrus, já esperava que alguns intervissem, mas mesmo assim não concordavam com a ideia, de qualquer forma, ele não iria contrariar seus amigos que só queriam o bem dele.

Depois de alguns segundos de silêncio e reflexão, ele se vira aos seus “heróis” e diz :

- Olha, creio que essa viagem não seja nem um pouco satisfatória, acho que dessa vez vai ser difícil de se lhe dar... Mas de qualquer forma, se algum de vocês quiser vir apenas fique pronto bem cedo, como é de costume, mas lembre-se da antiga regra, só posso levar no máximo dois de vocês, os outros têm que ficar e proteger os trabalhadores enquanto eu não volto.
Se ninguém tiver mais nada a acrescentar, Varrus vai para sua cabana ir dormir, sim , acabou de anoitecer e ele já está na cama, ele costumava sair bem cedo, antes mesmo de amanhecer, o horário era bom para chegar em Malpetrim e o clima agradava.

O vilarejo situava-se a Noroeste de Malpetrim, próximo a um riacho que vinha do Planalto dos Kobolds. Era uma posição de relativa segurança, de planícies propícias ao cultivo, e próxima à mata de Zolkan que lhes fornecia madeira. A mata era evitada ao máximo, por ser considerada sombria, mas era impossível evitar 100%. Do vilarejo até Malpetrim, levava umas 6 horas de viagem ininterruptas.

Enquanto se afastava para regressar à sua casa, Varrus ouvia o diálogo entre Eniaos e Liqui. - Eniaos, eu sei que você quer ir, mas pense no bebê. Já não temos mais liberdades de aventuras. Devemos nos concentrar no pequeno, até que adquira idade suficiente para se virar sozinho. Daqui a cem anos seremos livres para nos aventurarmos novamente. E levaremos nosso bebê conosco. - Liqui sabia ser convincente quando queria, e ainda mais com uma justificativa tão boa quanto aquela. Varrus teria certeza de que nenhum dos dois se apresentaria na manhã seguinte.

Varrus abriu os olhos. Ainda estava escuro, mas seu relógio biológico lhe dizia que era hora de acordar. Era hora de arrumar bagagem. Ele não tinha nenhuma comida de viagem. Nenhum tipo de ração que duraria muito tempo. Somente comidas para comer na vila. Contudo, devido ao tempo curto de viagem (6 horas), uma bela refeição pela manhã já bastaria. E ele já podia sentir o cheiro bom de café vindo da fogueira central. Quem quer que fosse lhe acompanhar, estava ocupado com o desjejum.

Varrus abriu o olho, ainda sonolento, mas já era a hora de acordar, em sua bolsa, já levava as mesmas coisas, uma corda, um cantil, pederneira, algumas roupas para dormir e alguns tecidos aleatórios que na maioria das vezes serviam de bandagem ou não serviam para nada.

Fechou toda sua mala, agora era hora de preparar o viajante, ainda sonolento, ele vestiu vagarosamente sua armadura de batalha, colocou seu bracelete, costumava tirar para dormir, começou pelas botas, até colocar o elmo.

Desembainhou a espada revelando um estrondoso barulho de ferro chocando em ferro era a lâmina da espada roçando na bainha, conferiu se ela estava em ordem, era uma boa arma, apesar de ser roubada a um ano da casa dos Agron, nada de anormal ou que causasse algum beneficio acompanhava a arma, embrulhou a espada toda em um tecido cor bege, colocou a mochila nas costas e por cima de toda aquela armadura colocou um grande tecido esverdeado quase preto, um pouco sujo, um dia aquele tecido já foi verde, o tecido vinha acompanhado de um grande capuz, Varrus caminhando com tal tecido, só podia se ver levemente os olhos e a boca, quando se abaixava a cabeça nada era visto, amarrou a espada com o tecido bege por cima do tecido que agora ele usava, era de costume os fugitivos saírem assim, sem chamarem muita atenção.

Varrus saiu da sua casa improvisada e foi caminhando até a fogueira central, tinha que comer bastante para durar 6h de viagem e sem nem saber que horas seria seu almoço.
Em sua caminhada ficou imaginando que foi bom Eniaos ficar pelo vilarejo, ele é de extrema confiança, Varrus confia nele para deixar tudo em ordem, pelo cheiro de café tão cedo, ele associou que alguem deveria está esperando por ele, mas quem ?

(( Considerações. Vou permitir tudo, menos a mochila com os itens. Você não comprou a mochila na criação do char, então não posso permitir que a tenha por mera questão de enredo. Simplesmente você nunca acumulou uma mochila. Agora, sobre "não chamar atenção" fantasiado de quem tem algo a esconder ... kkkkk. Mas isso é contigo XD ))

Quando Varrus saiu de sua casa, encontrou a fogueira fazia. Perto dela tinha um bule com café fumegando dentro. Vários pedaços de pães foram deixados num prato de cobre, junto com queijo, batatas e frutas. Alguém havia preparado sua refeição, mas aparentemente se retirara para se aprontar para a viagem.

((Faz todo sentido, mas quem conseguiu manter uma vila de 100 pessoas por um ano não ter adquirido uma mochila ao meio tempo fica estranho hem ninguém deu de natal ? PÔW ! COSTURAVA UMA AÍ NÉ MANOW ! tá.. parei..., e quanto ao roupão, era para parecer que o cara era um monge, quem vai se embolar com um monge ?))

Varrus se aproximou da fogueira, e viu que não tinha ninguém, sorriu levemente eu pensou : "Pelo menos eles me obdceram né..., foi comendo tudo o que tinha sido preparado, a viagem ia ser longa e ele precisava se alimentar bem.

A comida estava gostosa. As mãos que prepararam aquela refeição eram mãos destras. Varrus comeu tudo, até se fartar, e então preparou-se para seguir viagem. Quando se virou para caminhar na direção sudeste, a direção de Malpetrim, deparou-se com a figura de Juliana. Ela terminava de apertar os cabelos numa presilha, de modo que não atrapalhassem a viagem. Trajava uma túnica de tecido grosso por sobre todo o corpo, e o que trajava por debaixo era impossível saber. A túnica dela também tinha um gorro, mas este estava caído para trás, mostrando a identidade da garota.

Ela olhou do guerreiro para a fogueira e de volta ao guerreiro. - Você comeu tudo? Não deixou nada para mim? - Sua expressão era de desapontamento. Afinal, fora ela quem preparara tudo ...

- Sinto muito Juliana, pensei que ninguém iria ver comigo, você sabe que não concordo, ainda mais você, não me perdoaria se acontecesse alguma coisa contigo.

- Mas se serve de consolo, estava tudo muito bom, mas vou esperar você fazer algumas coisas pra comer, não sou a favor de viajarem comigo hoje, muito menos com fome.

Varrus esperou com que Juliana prepara-se algo para comer, ficou sem graça ao saber que a menina viajaria e acabou comendo tudo...

A expressão no rosto dela mudou de desapontamento para um sorriso ininteligível. Logo em seguida veio um riso.

- Bobo ... eu já comi. Comi antes de você, e depois fui me arrumar. Estou pronta para seguir viagem. E vejo que você segue a mesma idéia que eu. Quanto menos bagagem, mais leve, e mais rápido caminhamos. - Ela parecia estar alegre. Deveras, ela iria se aventurar!

Varrus sorri levemente, a menina conseguiu engana-lo, de fato, ele não estava muito satisfeito com a ida dela apesar de ela ser de grande ajuda, ele não poderia fazer coisas muito sujas que pudesse assustar a garota...

- Bom, nesse caso vamos indo, saindo agora vamos chegar lá um pouco antes do almoço. - disse Varrus

Eles foram caminhando até a saída do vilarejo em direção a cidade de Malpetrim, Varrus tomou a frente, já estava familiarizado com o caminho.

((Se nada de importante acontecer ( o que seria bem chato ) ou a menina não falar nada, sinceramente, pode pular direto para a cidade ))

Varrus e Juliana seguem viajando na direção de Malpetrim. A garota estava radiante com a aventura, mesmo que nada tenha acontecido durante toda a viagem. Ela estava tão feliz, que seguia cantando uma canção infantil de sua cidade natal. Aquilo fazia amenizar no coração de Varrus o peso dos problemas. Talvez fosse possível sorrir na vida, a despeito de tudo de ruim que já lhes ocorrera antes.

Malpetrim se fez visível bem antes de chegarem na cidade. Alguns poucos edifícios altos despontavam no horizonte, com suas torres a riscar o céu. 3, 4, 5 andares! Eram construções enormes! A mais alta delas era o templo de Khalmyr, com uma altura de uns 8 andares. Trazia duas torres igualmente grandes, com pratos em seu topo. Dizia-se que eram a balança divina do deus.

Adentraram a cidade sem maiores problemas, caminhando na direção do porto, visto que era lá que se concentrava todo o comércio da cidade. No caminho, contudo, ouviram um grande rugido. O rugido era não apenas alto, como feroz e temível. E então uma grande sombra passou pela cidade. Todos olharam imediatamente para o céu apenas para ver a grande figura de um dragão vermelho sobrevoando a cidade. Ele era rápido no vôo, e no segundo rasante cuspiu fogo sobre a cidade. Alguns edifícios pegavam fogo, enquanto muitas pessoas gritavam e corriam para todos os lados, perdidos, clamando por socorro e por ajuda. O dragão finalmente pousou no centro da praça e rugiu uma vez mais, alto, forte, e imponente. Aquele era o primeiro dragão que Varrus vira na vida, e era muito maior do que ele algum dia sonhara.

Juliana, Humana Sacerdotisa:

(( Meu deus do céu, muito épico, chorei lagrimas de sangue. ))

- Mas que droga é essa ?

Varrus em meio a multidão pegando e os predios em chamas, segurou na mão de Juliana e correu por trás dos edificios que não estava em chama em direção a praça, tentou pegar um ponto estratégico para ver o dragão de longe.

O coração de Varrus acelerava, nunca tinha visto aquilo na cidade, o que uma fera daquele tipo iria fazer alí ? Apesar de o medo tomar conta do seus sentimentos não tomou conta do seu corpo.

Juliana e Varrus se apertavam um contra o outro e também contra a construção, para não lhes tirar a visão. Viram quando um dois guardas se aproximaram, um com espada e outro com arco. O arqueiro disparou sua flecha que, como se tivesse batido em rocha sólida, quicou e caiu ao chão. O dragão vermelho olhou para o espadachim, que corria rápido ao seu encalço, e limitou-se a dar-lhe uma rabada, arremessando-o longe contra um edifício qualquer. Olhou novamente para o arqueiro que preparava nova flecha e pulou em sua direção, agarrando-o com as patas e arrancando-lhe metade do corpo numa só bocada. O dragão era muito, mas muito forte. Virou o rosto na direção de Varrus e cuspiu fogo. Fora Juliana quem puxara Varrus antes que o fogo lhes queimasse a face.

Juliana respirava forte, e tinha um misto de excitação e assombro no rosto. Olhou para Varrus e apertou-lhe a mão. O clima foi cortado pelos gritos desesperados de mais gente, gritos de dor. Ouviu-se o barulho de uma lufada de vento e o dragão alçou voo, pousando no topo de uma das torres de Khalmyr.

- Escutem-me, reles humanos! - a voz do dragão fez-se ressoar grave e poderosa, após um feroz rugido. - Eu sou Ghoantharen, o terrível, e estou à procura de algo que vocês roubaram de mim há 300 anos! Me devolvam o Cálice das Fadas, e sua patética cidade será poupada. Enquanto não me devolverem, irei devorar uma família por dia!

Em seguida, ele dá mais um rasante, apanhando com 3 de suas patas uma mulher camponesa e seus dois filhos. Sua figura vai se distanciando a grande velocidade da cidade, rumo ao norte, provavelmente na direção das Montanhas Kenora.

A cidade estava um caos. Gente gritava de desespero e dor, pedindo por ajuda. Prédios pegavam fogo e as pessoas que estavam na rua ainda corriam para todos os lados, meio que sem controle.

((Você quando deu o info da Juliana, achou que eu ia marchar para cima do Dragão ? rs e esse dragão é BEM mais forte que os do Skyrim))

Varrus já tinha ouvido falar de dragão em um passado longe, mas nunca imaginou que eles pudessem existir e que sua força fosse tão implacavel.

Ele andou caminhando para o meio da praça central, apesar do desespero, se encontrava agora, calmo.

Calica do fogo ? Calice das fadas ? O desespero no momento em que o dragão falava foi tão grande que ele nem se quer lembrava do que ele tinha falado, e se esse trouço realmente foi roubado a 300 anos Varrus não acreditava que iria ser encontrado.

Alguem teria que enfrentar a grande besta alada, mas ele tinha fé que nenhum tipo de ser pudesse enfretar tal criatura, nem mesmo o maior dos maiores de Arton.

Só percebeu que ainda estava de mão dada com Juliana segundos depois, olhou para a menina e perguntou :

- Está tudo bem ?

(( Na verdade não. Eu achei que você fosse pra cima do dragão apenas por ser você mesmo hahaha. E eu prometi a você uma aventura épica. É o que lhe darei ))

Ela olhou de volta para ele, ainda de mão dada, sem soltar. Sua expressão ainda era a mistura de desespero e excitação, mas pendia cada vez mais para o horror.

- Bem? Não, eu não estou bem. A cidade está um caos! - De fato, gente corria para todos os lados. Algumas pessoas pegavam fogo e caíam mortas no chão. Edifícios pegavam fogo e era possível escutar gritos de desespero e choros. Homens, mulheres e crianças ... quantas vítimas foram feitas e quantas ainda eram vitimizadas pelo rastro de destruição e fogo deixados pelo dragão? - O que vamos fazer?

Juliana, Humana Sacerdotisa: