Ashwood

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O dia amanheceu mais cedo do que os heróis queriam. A aventura do dia anterior tinha exaurido suas forças e todos, sem exceção, passaram do horário.

Comeram tarde, tomaram banho, vestiram-se e se prepararam para terminar seus serviços em Riverdale e seguir viagem rumo a Ashwood.

Despediram-se do taverneiro, que dessa vez não lhes cobrou nada, saíram da estalagem. O sol já estava a pino (meio dia), e o grupo encontrava-se na frente da estalagem.

Varrus tinha se alimentado bem. A viagem seria um saco e iria demorar tempo o bastante, mas nada que ele não pudesse aguentar com a barriga cheia.

- Em direção a Ashwood e se os Deuses ajudarem, para casa.

Varrus e companhia, caminharam para fora de Riverdale em direção o vilarejo minerador de Ashwood.

- Varrus, ontem à noite você disse que hoje iríamos primeiro ter com o Lorde de Riverdale. Mudou de planos? - questionou Farah, em tom de voz respeitoso.

Enquanto caminhavam sobre ordem de Varrus ele espiou por cima do ombro para olhar para Farah:

- Mudei. Fiquei pensando a noite... Se realmente o Lorde for corrupto, ele não iria querer ter gente como nós por aí sabendo a verdade. Ele tem uma fortaleza e um exercito, e eu tenho meu coração. Vocês são minha família não posso desafia-lo e por vocês em risco. Simplesmente não podemos ajudar mais do que ajudamos.

Farah continuava caminhando, e insistiu na conversa. - Mas e as mulheres desaparecidas? Sabe, eu sou mulher também. Eu sinto por elas. Você diz que batalhas são necessárias, mesmo quando eu digo que não são. Eis aí uma batalha que valeria a pena investigar mais. Isso é o que eu penso. - ela estava levando para o lado pessoal. Mas não era culpa dela. Realmente, mulheres sofriam muito naquele mundo.

Sigrid deu de ombros. - Eu sinto muito por essas mulheres, mas acho que elas já estão longe do alcance de nossa ajuda. Creio que quanto mais cedo terminarmos isso daqui, mais cedo retornaremos para quem realmente podemos ajudar.

Hossein, sempre sorrindo, começou a tocar uma música, cantada pela voz aguda e, não por culpa do goblin, irritante.

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Sigrid, Humano Feiticeiro, PV: 60/60 - PM: 80/80:

Hossein, Meio-Elfo Bardo, PV: 70/70 - PM: 70/70:

Farah, Humana Sacerdotisa, PV: 60/60 - PM: 80/80:

Snarz, Goblin Comum, PV: 10/10 - PM: 10/10:

- Já perdi as contas dos dias que estamos longe de Terras Altas. Eu realmente quero voltar. E não posso arriscar a vida de vocês.

Varrus continuava caminhando para Ashwood. Assim que a música começou a tocar, ele se juntou a Snarz em um dueto irritante.

((quando os NPCS começam a encher MUITO o saco é pq eu estou perdendo algo de interessante, rs, acontece que estou longe de Terras Altas a um tempão e lá é o foco ))

(( Hahahahahahaha. Infelizmente, para você, as coisas não são tão simples quanto parecem. De vez em quando eu uso esse recurso, verdade, e por saber disso, eu semeio falsos chamados importantes para despistar. Então você não tem como saber se essa insistência de Farah é algo real ou se é pista falsa XD ))

Varrus inicia sua viagem para Ashwood. O sol já se deitava no horizonte e o grupo nem tinha chegado, nem via sinal da cidade. Mas estava passando perto da caverna do urso.

- Varrus, que tal acamparmos na caverna do urso? - perguntou Farah, cansada da viagem a pé.

- Está maluca, mulher? Isso é um pedido para a morte!- Retrucou Sigrid. O mago de fogo nunca tratou Farah delicadamente como às outras mulheres porque Farah havia feito um voto de castidade, então era óbvio que Sigrid nunca iria conseguir nada com ela. Se ele não ia conseguir, não havia necessidade de galanteios e gentilezas.

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Sigrid, Humano Feiticeiro, PV: 60/60 - PM: 80/80:

Hossein, Meio-Elfo Bardo, PV: 70/70 - PM: 70/70:

Farah, Humana Sacerdotisa, PV: 60/60 - PM: 80/80:

Snarz, Goblin Comum, PV: 10/10 - PM: 10/10:

Varrus refletiu consigo mesmo e por fim disse:

- Se o lorde queria saber aonde o urso estava, talvez venha ele mesmo ver... ou outros goblins podem vir. Temos que dormir em segurança. Vamos sair da estrada por uns cem metros e montar um acampamento, cada um vai ficar de guarda por uma hora e meia, começando comigo e terminando por Snarz.

Varrus e sua trupe se afastaram do caminho convencional para montarem cabanas e dormirem para continuar no dia seguinte a viagem até Ashwood.

- Varrus, tem certeza de que iremos acampar? Acredito que estamos perto da cidade. Mais algumas horas e chegaremos. Não seria melhor arriscar um pouco e continuar viagem? - perguntou Hossein. Sigrid parecia concordar com a ideia. Farah, no entanto, temia o escuro. Snarz parecia estar também concordando com Hossein. - Tá tudo claro ainda! - comentou ele, gozando de uma visão privilegiada.

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Sigrid, Humano Feiticeiro, PV: 60/60 - PM: 80/80:

Hossein, Meio-Elfo Bardo, PV: 70/70 - PM: 70/70:

Farah, Humana Sacerdotisa, PV: 60/60 - PM: 80/80:

Snarz, Goblin Comum, PV: 10/10 - PM: 10/10:

Varrus sorriu da situação, mas apoiando a sacerdotisa ele disse:

- Eu tenho certeza, Hossein. Nós iremos acampar e passar a noite por aqui. Não quero ser confundido como uma ameaça a noite, nós iremos para negociar, preciso chegar descansado e em uma boa hora.

Varrus foi o primeiro a se adiantar em fazer uma fogueira, com as duas pederneiras que tinha na sua bolsa.

- E há proposito, não é cidade alguma, é um vilarejo minerador.

O grande problema é que não havia barraca para todos. Na verdade, só tinha barraca para 1, e eles eram 4 e meio.

- Então, quem vai usar a barraca? - perguntou Hossein, olhando meio que sem jeito. - Farah, óbvio! - Disse Snarz, defendendo a garota que lhe salvou a vida. - Na barraca cabem dois. Que tal dormirmos juntos? - sugeriu Sigrid, que de vez em quando tentava a sorte com Farah. - Não, obrigada. Na verdade, se alguém for dormir comigo, será o Hossein. - respondeu a sacerdotiza. Hossein ficou vermelho. - E-eu? P-por que eu? - E foi o próprio Sigrid quem respondeu, em meio a risadas. - Porque não oferece perigo! Hahahahahahahha - Snarz também riu da piada. Depois de muito enrola desenrola, deitaram na barraca Hossein e Farah, enquanto Sigrid e Snarz ficaram do lado de fora. Snarz sentia-se em casa dormindo ao relento, mas Sigrid estava passando maus bocados, principalmente frio. - E-eu juro ... vou ... vou queimar ... a floresta ... - dizia ele, tremendo e batendo os dentes.

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Sigrid, Humano Feiticeiro, PV: 60/60 - PM: 80/80:

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Snarz, Goblin Comum, PV: 10/10 - PM: 10/10:

Varrus sentia frio também, mas tentava não demostrar muito.

- Fique o mais próximo possivel da fogueira, mago de fogo... - disse Varrus achando que Sigrid era incapaz de se queimar.

Sigrid já estava próximo o suficiente da fogueira. - Mais próximo que isso, e eu viro churrasquinho.

Um vento frio soprava do norte, vindo das Uivantes que se encontravam logo após as Kenora.

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Varrus deitou do lado oposto do vento. O vento bateria na fogueira e jogaria um bafo quente em Varrus, esta era ideia. colocou a mochila em cima de si e a agarrou com medo de perde-la, tentando livrar a cabeça e dormir.

A manhã chegou fria e úmida. Varrus estava gelado, Sigrid congelado e Snarz vigiava. Dentro da cabana, Farah começava a se mexer, enquanto Hossein buscava ainda continuar dormindo.

Acordar tão perto das Uivantes, sem um teto para proteger-lhes o couro, dava nisso. Ao menos a vista era bonita. Varrus podia ver a cordilheira das Kenora sempre a noroeste, estendendo-se grandiosa. Era uma visão única. Vez ou outra vislumbrava o cume gelado de uma montanha mais distante, pertencente às Uivantes.

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Varrus estava com a palma da mão gelada, mas em todo caso estava bem. Não podia reclamar isso só alimentava a reclamação de outros. Apagou a fogueira e tratou de acordar os outros.

- Pelo menos ninguém nos fez mal a noite...nem nos perseguiram.

- Fale por você ... - reclamou Sigrid, ainda tremendo de frio. - Mais uma noite como esta e serei chamado de Mago Gelado.

Levantaram acampamento bem cedo e seguiram viagem, mesmo com fome. Depois de uma hora, chegaram a uma divisão da estrada. Tomaram o caminho que o mapa dizia ser o de Ashwood e seguiram por mais uma hora. Acabaram avistando algumas poucas casinhas rústicas de madeira aglomeradas ao sopé da montanha e uma casa maior mais ao fundo, mas nada que indicasse o que o grupo procurava.

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Varrus estava começando a achar que a merda do soldado tinha lhe passado informações erradas. Ameaçando a sorte ele avançou para em passos largos para perto das casinhas afim de arrumar informações ou achar alguém perto.

Assim que chegou perto, ele reparou BEM todas as coisas em sua volta, em um tom de comparação com Terras Altas, ele decidirá de uma vez que quando voltasse iria dar uma renovada na vila.

Tão logo se aproximou da casinhas de madeira, Varrus e seu grupo escutou um grito vindo de dentro de uma delas.

- Alto lá! Quem se aproxima? Identifique-se! - então um meio-homem saiu de dentro, careca no topo da cabeça lustrosa, barbudo de fazer uma trança única e comprida. Vestia uma armadura mista de couro e placas metálicas e trazia na mão um machado duplo grande.

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Varrus e sua trupe pararam de se aproximar. Varrus abriu um sorriso e disse:

- É um prazer em vê-lo Anão, sou Varrus de terras altas, um vilarejo ao extremo sul próximo a Malpetrim! Procuro por Ashwood, o vilarejo minerador!

O anão deu uma fungada mal-humorada e cuspiu no chão. - Eu sou Gillihein, de Ashwood. E que assuntos lhe trazem aqui, HUMANO. - Varrus pode notar que ele frisou a palavra que designava a raça de Varrus, como uma resposta por ter sido chamado de anão.

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Varrus se aproximou mais próximo do Anão, mesmo assim mantendo uma distância agradável.

- Fui até Fauchard, atrás de metal para suprir as necessidades de Terras Altas, lá me disseram sobre este vilarejo. Vim aqui comprar metais para meu vilarejo, pouca quantidade, somente para suprir nossas necessidades. Estou com vontade de estabelecer um comércio mensal, sendo que você me dá ferro, e eu lhe dou couro de dragão. - disse Varrus tirando uma das placas da sua mochila, talvez em Malpetrim o preço tenha caído, mas ali era longe demais para isso, os olhos de Varrus brilhavam e havia sorriso no seu rosto.

Gillihein observou o couro que Varrus arrancou da mochila e sorriu. - Não sei o quanto você espera conseguir com isso, humano, mas lhe garanto que não será muito. Em todo caso, se querem entrar nas minas de Ashwood, terão de deixar as armas conosco.

E, como que para responder uma possível pergunta de Varrus sobre o plural daquela sentença, vários outros anões, armados com outros machados e alguns com bestas, apareceram de detrás de algumas das casas. - Se não quiser, é livre para ir embora. Ninguém lhe fará mal.

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- Não vim aqui para voltar de mãos vazias, Gillihein. - disse Varrus desabotoando o suporte dos peitos, e passando a espada para trás baixo do braço.

Caminhou com a trupe até os anões afim de entregar as armas hostis, a intenção de Varrus eram as melhores não iria querer nenhum visitante armado em Terras Altas também.

- Se não for incomodo, gostaria que me levasse ao seu líder, não tenho muito tempo, Gillihein.

Gillihein observava atentamente cada movimento de Varrus, sempre à espera de uma tentativa de ataque, mas também analisando as intenções boas do guerreiro.

- Muito bem, Varrus. Levarei a nosso ministro do tesouro, comércio e produção. - Gillihein assobiou e três anões se aproximaram, dois deles guardando suas armas. Os dois que estavam de mãos livres receberam as armas do grupo, inclusive o cajado de Sigrid, que relutantemente entregou, e só não pegaram o bandolim de Hossein. Olhavam desconfiado para Snarz, mas como o goblin parecia estar com o grupo, não criaram encrencas.

Gillihein virou-se para o terceiro anão e lhe passou as instruções. - Gnar, leve Varrus e seus companheiros para Jotunhein. - O terceiro anão meneou que sim com a cabeça e guiou o caminho de Varrus e dos demais até a casa maior. Era quase uma tenda de guerra, só que feita de madeira por fora.

Assim que entraram, Varrus notou que aquela casa de madeira era apenas fachada. Dentro havia uma segunda casa, menor, de pedra. Passaram pelas portas e chegaram ao que parecia uma casa de máquinas. Grandes engrenagens estava paradas nas paredes, com roldanas, laços, cordas, correntes, eixos, e toda sorte de maquinaria para todos os lados. Estavam parados, ao que constava. O terceiro anão os encaminhou até um cercado no centro da sala. O cercado tinha três cercas fixas e uma quarta móvel, que abria e fechava feito um portão. Eram todos feitos de ferro bruto. O cercado era grande o suficiente para caber uma carroça com um cavalo, e Varrus bem que notou marcas de rodas no chão, indo e vindo do cercado. O terceiro anão fez um gesto para alguém que Varrus não conseguiu encontrar e então as engrenagens começaram a se mover. Um tremor iniciou-se naquele cercado, e então começou a descer lentamente. Era um elevador de carga medieval.

Desceram um bom bocado até a verdadeira entrada de Ashwood. Era uma entrada grande, que dava para um paredão enorme onde uma gigantesca mulher fazia uma ponte. Notando melhor os detalhes, via-se que se tratava da figura de Tenebra. As portas de entrada ficavam logo abaixo da figura da deusa. Varrus reparava que, por todos os lados, haviam figuras de Khalmyr. Aquilo simbolizava bem o que se passavam com os anões. Criados por Tenebra, viraram as costas à deusa criadora e voltaram-se para adorar Khalmyr, o deus da justiça.

Finalmente chegaram a uma sala especial onde um anão vestindo roupas nobres e com um monóculo no rosto analisava várias folhas de papel. - Senhor Jotunhein, Gillihein enviou estes humanos para comercializar conosco.

Jotunhein levantou os olhos do papel em que trabalhava e fez um gesto para que Varrus se sentasse em uma das duas cadeiras que havia na frente da mesa do anão.

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